quinta-feira, 5 de junho de 2008

Os ingleses

Hoje estava lendo o comentário do meu muito querido amigo Ronaldo onde ele fala que eu não preocupasse com os ingleses e que se fosse um de nós brasileiros que estivesse por lá eles não se preocupariam. Esta é com toda certeza a verdade. Digo isto por tudo que já vivi lá fora. Por isto sempre quero dar um tapa de luvas e como é bom ver o resultado. É muito gratificante ver um gringo comendo melado com queijo, rapadura com café, pão de queijo com geléia de manga, feijão tropeiro, biscoito frito, bolo de fubá, tutu de feijão, couve com alho e bacon e um bom pedaço de goiabada entre outras delícias da nossa comida mineira. Assim talvez eles possam perceber o quanto cada pessoa, principalmente um bom mineiro, é afetivo, receptivo, hospitaleiro, carinhoso. Talvez assim eles possam ficar sensibilizados e quando a situação se inverter e eles forem nos receber, não nos sirvam um repolho congelado e sim uma comidinha insosa mas com alguma pitada de sensibilidade e carinho. Será? Não custa tentar. E também assim podemos proporcionar aos nossos queridos colegas um prazer à mesa. Tenho sentido o retorno de muitos colegas e fico feliz de poder dar a minha parcela de contribuição para que, pelo menos na hora do almoço possamos ter um momento de confraternização que é tão difícil de acontecer. Minha maior alegria é ver o nosso restaurante cheio e as travessas vazias no final do serviço. É ver e sentir que o investimento que fiz em mim, quando era a hora dos meus filhos não foi em vão. É sentir que posso e que gosto de cozinhar, de inventar na cozinha, de sentir a panela chiando e o alho espalhando cheiro por além das paredes da cozinha e do restaurante. É muito gostoso ver as pessoas chegando, o almoço atrasado e ninguém reclamando apesar da fome. Está sendo uma grande experiência trabalhar sem dinheiro, fazer as compras todos os dias, modificar o cardápio previamente elaborado e estudado por absoluta falta de grana. Abrimos o restaurante na raça e também na raça estamos vencendo. Até quando não sei. Mas vivamos o momento. Espero que a cozinha também possa fazer parte do cartão de visita que estes gringos vão levar de volta para casa. É isso aí.
Ronaldo, valeu mais uma vez. Obrigada amigão e um beijo.

terça-feira, 3 de junho de 2008




























Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, pois o triunfo pertence a quem se atreve... A vida é "muito" para ser insignificante.
(Charles Chaplin).






Pois bem, eu estou fiz isto - e estou vencendo com ousadia! Como eu disse estou com atividades no restaurante do Lanagro. Está sendo um trabalho árduo, sem dúvida, mas em compensação estou muito gratificada com o retorno das pessoas que estão participando das minhas atividades. E isto realmente é um triunfo para mim que fui realmente muiiiiitoooo atrevida.

sábado, 31 de maio de 2008

A volta

Queridos amigos

Depois de um longo sumiço estou de volta com muita saudade de escrever aqui. Tenho andado muito ocupada. Depois que cheguei de Fortaleza fiquei mais ainda envolvida com o meu trabalho e estou muito cansada. Mas estou feliz! Apesar de alguma turbulência, nesta segunda feira, dia 2 de junho vamos reabrir o restaurante do Lanagro - laboratório onde trabalho. E eu estou dando a minha colaboração tentando organizar o cardápio, as compras, enfim o básico para o funcionamento de uma cozinha. Na segunda feira inauguraremos já com um grande desafio. A presença de 3 ingleses que virão treinar nossos colegas do laboratório. Espero que tudo corra bem; estou me empenhando muito. Sei que tem aqueles que não acreditam em meu trabalho, mas o mais importante é que eu confio e tenho certeza que tudo sairá bem, se Deus quiser. Por isto tudo tenho lido muito, tenho estudado bastante, estou do jeito que eu mais gosto, rodeada de livros e consultando muitos sites e blogs de gastronomia. Aliás eu nem imaginava que existiam tantos blogs específicos da área. Estou surpresa com a qualidade de muitos deles. Por isto tudo eu sumi. Senti falta de escrever, gosto muito.
Como vamos receber os ingleses andei lendo algumas coisas que dizem da relação dos nossos visitantes com a gastronomia. Vejam só: quando se fala em algum prato preparado à moda inglesa, significa que é um prato mais insoso, sem graça, cozido em água, nada como a nossa deliciosa comidinha mineira. Achei interessantes algumas frases:
  • Quem disse que não existe gastronomia britânica? É possível, sim, fazer três ótimas refeições por dia na Inglaterra. Basta pedir o breakfast três vezes por dia. (William Somerset Maugham)
  • Na Inglaterra existem seis religiões diferentes, mas apenas um tipo de molho. (Voltaire)

Depois destas será que posso ficar mais tranquila com o atendimento aos britânicos ou devo me preocupar e me estressar mais? Sei lá!!!

Quem viver verá! Segunda a noite já tenho um resultado parcial. Positivo ou negativo divido com vocês esta experiência. Torçam por mim! Beijo e muito obrigada. Inté!

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Publicações anteriores

Antes de ir a Fortaleza escrevi 3 artigos para publicá-los depois. Porém não sabia que seriam publicados na data em que foram escritos.
Então hoje os publiquei, e são eles:
dia 3 de maio:
  • Hábitos alimentares
  • O que comer quando seu nível de triglicérides é alto

dia 3 de maio:

  • Dicas de terapia ortomolecular

Vale a pena dar uma volta por estas postagens. Beijo e até mais

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Ainda em Fortaleza

Que prazer estar aqui, mesmo trabalhando muito. Nos poucos momentos de folga tenho aproveitado para fazer contato com o povo nordestino. Que povo bacana, hospitaleiro e alegre. Além destas características deles, estou aproveitando bem a gastronomia de Fortaleza. Hoje almocei uma comida típica maravilhosa: baião de 2, paçoca de carne seca, delícia de macaxeira, carne de sol. É de comer gemendo .... e ainda passar debaixo da mesa. Tudo muito delicioso. Amanhã vou embora à tarde e então vou ter que tentar perder os quilinhos que devo ter ganhado aqui. Por isto vou ter que dar exemplo e partir para um pouquinho mais de saúde.

Desintoxicação alimentar
Fazer da dieta um hábito alimentar é a melhor saída para se perder peso.
O que fazer quando as festas de final de ano emendam nas férias passadas na praia, ao sol, cerveja gelada, camarão frito e almoço fora de hora? Sem falar das noites em claro durante o carnaval, que acabam por desrregular nosso organismo...

Durante os meses de março e abril, não são raros os casos de intoxicação alimentar, devido aos exageros das festas, transformando descanso e lazer em quilos a mais e muito aborrecimento.
O melhor caminho para quem busca desintoxicar-se após meses de alimentação excessiva e descontrolada é:
- Primeiramente, definir os horários de refeição com uma diferença mínima de 4 horas entre uma e outra.
- Selecionar os alimentos, procurando evitar aqueles que tenham em sua composição aditivos químicos, corantes, conservantes e todo tipo de enlatado, pelo menos durante os primeiros 15 dias de dieta.
- Para os mais afoitos, é preciso lembrar que não é qualquer dieta que irá limpar o organismo e que isto não pode ser feito em uma semana de reclusão e fome.

“A dieta deve ser encarada como uma conduta alimentar e não como uma restrição temporária ou mesmo um fardo".

Dieta desintoxicante
Café-da-manhã
Leite, queijo, frutas, pão, manteiga ou geleia para acompanhar.
Caso seja necessário fazer um lanche até a hora do almoço, prefira frutas ou derivados de leite a qualquer bobagem como biscoitos e guloseimas.
Almoço
Comer verduras e legumes, dando preferência ao preparo cru ou pré-cozido. Escolha um representante de cada grupo, de acordo com o quadro abaixo, que está em ordem calórica crescente:
A - folhas em geral, tomate, pepino, chuchu, jiló.
B - beterraba, cenoura, abóbora madura, abobrinha verde, vagem.
C - mandioca, inhame, batata inglesa, bata-doce.

Não dispensar o arroz e feijão, acompanhados de carne ou ovo - nunca os dois juntos.

Prefira carnes brancas ou vermelhas sem excesso de gordura. O valor protéico entre elas é o mesmo. Em caso de sobremesa, preferir frutas cítricas. Elas melhoram a absorção de ferro contida na proteína animal.

O lanche da tarde pode ser semelhante ao da manhã e o jantar, acompanhando a dieta do almoço.

Dicas
- Beba bastante água.
- Comer sentado e evitar assistir TV durante a refeição.
- Não segurar o talher entre as garfadas para policiar a mastigação, que deve ser pausada.
- Evitar lanches intermediários. Mas não se deve comer em intervalos superiores a 6 horas. Neste caso, pode acontecer de se comer em excesso, prejudicando a digestão, ou perder a fome e desequilibrar a dieta.
- Deve existir uma diferença mínima de 2 horas entre a última refeição e a hora do sono, para que a digestão não fique prejudicada.
- Dar preferência aos alimentos naturais, por conterem fibras, como pães e leite integrais, frutas, verduras cruas e legumes em geral.
- Evite frituras. A acroleína - óleo já em decomposição - pode ser facilmente detectada, basta verificar se sai fumaça da panela utilizada no preparo do alimento.
- Dietas de impacto são bons estimulantes para se perder peso, mas não emagrecem em dias. Em um primeiro momento, só se perde água no organismo - a pessoa não emagrece, “seca”.

BOUILLABAISSE
A bouillabaisse não deve ser tratada como uma simples sopa; é uma refeição completa. É um prato típico do sul da França, particularmente Marselha.
Seu preparo se inicia com a elaboração do "fumet" que é a base para o caldo. O caldo deve ser servido com torradas de alho ao azeite, e os peixes e crustáceos servidos num prato à parte acompanhados de molho "ROUILLI". Quase impossível fazer para menos de 4 pessoas.

FUMET (caldo)
1 kg de espinhas de peixe (as do linguado, garoupa e robalo são ótimas)
500 g de cascas e cabeças de camarão ou lagosta
2 cebolas picadas
2 cenouras em rodelas
Salsão e salsinha

Colocar para ferver e deixar reduzir à metade em fogo baixo. Coar e separar o caldo.

SOPA
Robalo: 1 posta por pessoa
Bagre: 1 posta por pessoa
Trilha: 1 peixe por pessoa
Camarão: 1 grande por pessoa
Marisco: 6 por pessoa
Ostra: 3 por pessoa
Cebola
Tomates
Alho
Vinho branco seco
Azeite
Sal e Pimenta à gosto•
Erva-doce
Alho-poró
Açafrão
Aniz (gotas)

Nota: Podem-se colocar lagostas, vongoles e vieiras também
Coloque o azeite na panela e aqueça um pouco. Junte cebola, tomates sem pele e amassados, alho, erva-doce, "fumet" e o açafrão. Leve à fervura e coloque os peixes e crustáceos em função da consistência da carne. Deixe ferver por cerca de 10 a 15 minutos e ao final coloque algumas gotas de absinto ou aniz.

ROUILLI (molho)
Pique pimenta vermelha e alho. Soque com farinha de pão e misture azeite mexendo até obter uma consistência de maionese.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Fortaleza




Hoje estou escrevendo de Fortaleza. Vim a serviço para um evento sobre pescados realizado pelo Ministério da Agricultura. Parece que vai ser legal. Estou achando a cidade linda, ainda mais que o nosso quarto fica de frente para o mar. Já comi muitos camarões deliciosos. O tempo está gostoso, aquele calorzinho úmido de praia. Amanhã dou mais notícias.

domingo, 4 de maio de 2008

Dicas da Terapia Ortomolecular

Dicas da Terapia Ortomolecular
DIFICULDADE DE PERDER PESO
O que está faltando: ácidos graxos essenciais e vitamina A.
Onde obter: semente de linhaça, cenoura e salmão - além de suplementos específicos.
RETENÇÃO DE LÍQUIDOS
O que está faltando: na verdade um equilíbrio entre o potássio, fósforo e sódio.
Onde obter: água de coco, azeitona, pêssego, ameixa, figo, amêndoa, nozes, acelga, coentro e os suplementos.
COMPULSÃO A DOCES
O que está faltando: cromo. Cereais integrais, nozes, centeio, banana, espinafre, cenoura + suplementos. B2 riboflavina.
Onde obter: levedura de cerveja
CÂIMBRA, DOR DE CABEÇA
O que está faltando: potássio e magnésio.
Onde obter: banana, cevada, milho, manga, pêssego, acerola, laranja, suco. verde + suplementos.
DESCONFORTO INTESTINAL, GASES, INCHAÇO ABDOMINAL
O que está faltando: lactobacilos vivos.
Onde obter: coalhada, iogurte, missô, yakult, chucrute, kefir e similares.
MEMÓRIA RUIM
O que está faltando: acetil colina, inositol.
Onde obter: lecitina de soja, gema de ovo + suplementos.
HIPOTIREOIDISMO(PROVOCA GANHO DE PESO SEM CAUSA APARENTE)
O que está faltando: iodo.
Onde obter: algas marinhas, cenoura, óleo, pêra, abacaxi, peixes de água salgada e sal marinho.
CABELOS QUEBRADIÇOS E UNHAS FRACAS
O que está faltando: colágeno.
Onde obter: peixes, ovos, carnes magras, gelatina + suplementos.
FRAQUEZA, INDISPOSIÇÃO, MAL ESTAR
O que está faltando: vitaminas A, C, e E e ferro.
Onde obter: verduras, frutas, carnes magras e suplementos.
COLESTEROL E TRIGLICERÍDEOS ALTOS
O que está faltando: Ômega 3 e 6.
Onde obter: sardinha, salmão, abacate, azeitona, gergelim, linhaça e azeite de oliva.
Cozinhe a seu favor...
Na medicina ortomolecular, a forma de cozinhar e até os utensílios utilizados ajudam a preservar os nutrientes.
Indicação da martinha - minha irmãzinha do meio

sábado, 3 de maio de 2008

O que comer quando seu nível de triglicérides é alto

Os triglicérides são gorduras obtidas pela dieta ou formadas pelo organismo, principalmente no fígado. Sua função é armazenar energia para uso imediato ou para reservas no tecido adiposo. O excesso de triglicérides é prejudicial à saúde e entre suas causas está o consumo exagerado de gorduras e carboidratos. Dieta, redução e manutenção do peso corporal e prática regular de exercícios físicos são importantes no tratamento da hipertrigliceridemia. A dieta deve conter as calorias suficientes para atingir e manter o peso ideal, ser equilibrada e variada e conter todos os grupos de alimentos.

Para controlar e prevenir o aumento dos triglicérides deve-se evitar o consumo de gorduras saturadas presentes no leite integral e derivados, como os queijos amarelos e iogurtes integrais - e na gordura das carnes e pele de aves. Deve-se também evitar as gorduras trans, formadas no processo de hidrogenação dos óleos vegetais como nas margarinas duras e produtos de panificação. O consumo excessivo de álcool pode agravar o quadro. No caso de triglicérides alto deve-se abolir o álcool.

Os carboidratos merecem destaque. Eles saõ divididos em simples e complexos. A sacarose - açúcar de mesa, e a frutose - presente no mel e em frutas, são exemplos de carboidratos simples. Se consumidos em grandes quantidades, especialmente por pessoas com excesso de peso e intolerância à glicose, aumentarão mais ainda os triglicérides quando comparados aos carboidratos complexos - por exemplo, o amido presente na batata, mandioca, macarrão, farinhas, pães, etc. Uma alimentação onde a maior parte dos carboidratos provenientes de alimentos integrais e ricos em fibras parece não elevar os triglicérides de maneira significativa.

A ingestão de fibras fazem com que os carboidratos sejam absorvidos mais lentamente.

Prefira:
  • Verduras e legumes crus e cozidos, sem adição de cremes e molhos gordurosos

  • Carnes magras: carne vermelha sem gordura, aves sem pele, peixes. Consumir peixes mais vezes por semana

  • Cereais e grãos integrais, incluindo seus derivados

  • Leguminosas sem adição de produtos gordurosos como bacon e lingüiças - feijão, soja, ervilha, grão de bico, etc.

  • Leite desnatado e laticínios magros - queijos frescos e brancos, iogurtes desnatados

  • Adoçantes artificiais

  • Produtos com adoçantes artificiais - doces e refrigerantes, mas em quantidades moderadas e não freqüente

  • Cuidado: existem alimentos que não contém adoçante mas são ricos em gorduras. Consulte o rótulo dos alimentos.

  • Frutas (exceto coco) como sobremesa no lugar dos doces

  • Óleos vegetais para o preparo dos alimentos - soja, milho, canola, girassol, oliva - com moderação

  • Na salada prefira o azeite.
Lembre-se sempre de realizar uma alimentação variada e balanceada, que contenha a quantidade e a qualidade correta de nutrientes que você precisa para levar uma vida mais saudável.
Fonte: Camila M. Gracia
Tabule de frutas

1 1/2 xícara (chá) de trigo para quibe
100 g de maçã seca picada
1 maço de salsinha picada
3 talos de cebolinha verde picados
1/2 maço de hortelã picado
50 g de passas brancas
50 g de passas pretas
100 g de damasco seco picado
100 g de tâmaras picadas
1/2 xícara (chá) de azeite de oliva
1 colher (café) de sal
suco de 1 limão
1 colher (café) de pimenta síria

Em uma vasilha coloque o trigo de molho em 2 xícaras (chá) de água e deixe repousar por cerca d 2 horas. Coloque a maçã de molho em 1 xícara (chá) de água e deixe por 20 minutos. Escorra o trigo e a maçã e misture com o restante dos ingredientes. Coloque em uma saladeira e sirva.

Informação nutricional
Rendimento: 12 porções
1 porção: 5 colheres de sopa
Peso por porção: 104 g
Calorias: 223 por porção
Proteínas: 3 g por porção
Carboidratos: 33 g por porção
Gorduras totais: 10 g por porção
Gorduras saturadas: 1,3 g por porção
Colesterol: 0 mg por porção
Sódio: 52 mg por porção
Fibras: 1 g por porção

Hábitos alimentares

Devemos sempre procurar transformar nossas opções alimentares em benefícios à nossa saúde. Veja como isso é possível, observando as orientações seguintes para cada grupo de nutrientes e alimentos.
Carboidratos - consuma de cinco a nove porções ao dia, respeitando o tipo de carboidrato que será consumido.
1 porção = 1 pão francês ou 2 batatas pequenas cozidas ou 4 colheres (sopa) de arroz, etc.
Embora o consumo recomendado de açúcar refinado e doces seja de uma a duas porções ao dia.
1 porção = 1 colher (sopa) de açúcar ou meia fatia de goiabada. Estes devem ser ingeridos eventualmente, devido ao seu alto valor calórico. Sempre que possível, use adoçantes artificiais em substituição ao açúcar refinado.

Proteínas - procure consumir até duas porções de carnes magras, até duas porções do grupo dos feijões - lentilha, grão de bico, soja, feijão, etc. - e três porções de leite desnatado ou queijos magros por dia.
1 porção = 1 fatia pequena de carne magra assada ou 1 filé de frango grelhado ou 2 ovos cozidos; 4 colheres (sopa) de feijão ou 3 colheres (sopa) de lentilha ou 2 colheres (sopa) de soja; 1 1/2 xícara (chá) de leite desnatado ou 1 copo de iogurte desnatado ou 1 fatia de queijo tipo minas.

Gorduras - consuma até duas porções de óleos ou gorduras vegetais ao dia.
1 porção = 1 colher (sopa) de azeite de oliva ou óleo de soja ou 1 colher (sobremesa) de margarina cremosa.
A preferência por carnes magras e laticínios com baixos teores de gorduras sempre serão saudáveis.

Fibras alimentares - diariamente consuma de três a cinco porções de hortaliças cruas e cozidas.
1 porção = 1 tomate ou 2 colheres (sopa) de cenoura ralada ou 2 folhas de acelga; 1 banana ou 1 fatia de abacaxi ou 1 copo americano de suco de laranja, etc.
Lembre-se de optar por hortaliças e frutas frescas, feijões e grãos integrais, que fornecem fibras alimentares, potássio, vitaminas e água.

ATENÇÃO:
  • Não exceda 6 colheres (café) rasas de sal ao dia. Evite alimentos como conservas, enlatados, salgadinhos, molhos prontos, embutidos, bolachas salgadas e temperos industrializados. O uso de sal light pode ser permitido, porém com moderação e sob orientação médica ou de nutricionista.
  • Procure fazer cinco refeições diárias, sendo três principais intercaladas com dois lanches.

Fonte: Aparecida de Oliveira

Prato mediterrâneo

2 colheres (chá) de azeite de oliva
300 g de filé de frango cortado em tiras
1 berinjela cortada em cubos
4 dentes de alho picados
6 mini cebolas (próprias para conserva)
1 pimentão vermelho pequeno picado
4 tomates picados, sem pele e sem sementes
25 g de uvas passas
50 g de azeitonas pretas sem caroços
1 colher (chá) de louro em pó
1/2 xícara (chá) de vinho tinto
250 g de macarrão tipo rigatoni
2 colheres (sopa) de sementes de girassol
1 colher (sopa) de salsinha

Aqueça o azeite em uma panela e grelhe o frango até dourar. Junte a berinjela, os alhos, as mini cebolas e deixe refogar. Adicione o pimentão, os tomates, as uvas passas, as azeitonas, o louro e o vinho. Deixe no fogo mais um pouco. Cozinhe a massa em água abundante e escorra. Adicione o macarrão ao refogado e acrescente as sementes de girassol. Salpique a salsinha e sirva.

Informação nutricional:
rendimento: 6 porções
calorias: 292 por porção
Proteínas: 19 g por porção
Carboidratos: 39 g por porção
Gorduras totais: 6 g por porção
Gorduras saturadas: 0,7 g por porção
Colesterol: 35 mg por porção
Sódio: 84 mg por porção
Fibras: 2,5 g por porção

Última chamada para o Dia da Mães


Esta é a nossa sugestão para presentear a mamãe no dia 11 de maio - Dia das Mães.O vasinho é um delicioso e diferente bolo de maçã. As tulipas são de origami e seu recheio é uma Nhá Benta.
Nhá Benta é um bombom de chocolate preto recheado com marsmallow.Suas encomendas podem ser feitas pelo blog, em comentários. Não deixe de se identificar no blog com seu nome e telefone.
Você também pode encomendar pelos telefones:
9977-0167 / 3660-9738 / 3662-1307 - Olga.
Rodrigo e/ou Fernando: 3225-2863 à noite
Rodrigo: 9173-3187
Fernando: 9209-1842
Garanta logo o seu presente!!!!
R$ 25,00

quarta-feira, 30 de abril de 2008

CIÊNCIA E SAÚDE - O que é doença cardiovascular?

Doença cardiovascular é qualquer desordem em qualquer parte do sistema circulatório que prejudique o fluxo de sangue. A principal causa é a obstrução das artérias devido à arteriosclerose, uma doença em que há inflamação e acumulo de gordura nas artérias. Quando o acumulo é lento e progressivo, a obstrução limita a quantidade de sangue que chega ao coração, causando angina de peito; se o entupimento é nas artérias das pernas, causa dor na panturrilha. Quando se forma um coágulo, este pode entupir totalmente a artéria e, quando isso ocorre nas coronárias, pode levar ao infarto agudo do miocárdio ou morte súbita. Se o coágulo não obstruir totalmente o vaso, temos a angina instável. Os acidentes vasculares cerebrais - AVC's -, os derrames, formam-se devido à oclusão de vasos cerebrais por coágulos que se soltam das artérias do pescoço. As alterações que aumentam a chance de ocorrer doença cardiovascular são chamadas fatores de risco e são eles:
  • História familiar - ocorrência de doença coronária precoce na família
  • Hipertensão - afeta aproximadamente 50% da população adulta do Brasil e mais de 60% dos indivíduos acima de 60 anos. Quem tem pai ou mãe hipertenso tem maior probabilidade de ter a doença, sendo o risco mais associado com infarto e derrame cerebral.
  • Colesterol - alterações do colesterol são o segundo fator de risco no Brasil. Pessoas com colesterol elevado têm risco triplicado de infarto.
  • Tabagismo - relacionado com infarto abaixo dos 40 anos e doença obstrutiva de membros inferiores. Fumar triplica o risco de infarto do miocardio e, acima de 20 cigarros por dia, o risco aumenta cinco vezes.
  • Diabetes - além de triplicar as chances de infarto, causa insuficiencia renal e é responsável por 1/3 das amputações de membros inferiores
  • Obesidade - pessoas obesas têm duas vezes mais risco de infarto que as pessoas de peso normal. A obesidade está associada também à hipertensão, aumento do colesterol e triglicérides e diabetes.
  • Estresse e depressão - podem aumentar duas vezes e meia o risco de infarto
  • Idades de risco - acima de 45 anos para homens e de 55 para mulheres. O exercício físico e o consumo diário de vegetais e frutas estão associados cada um com diminuição de 30% do risco de infarto.

Prevenção:

  • adote uma dieta pobre em gorduras saturadas, dolesterol, sal e alimentos processados e refinados
  • opte por alimentos ricos em fibras e coma muitos grãos integrais, frutas e vegetais
  • faça exercícios físicos, especialmente caminhadas e tenha uma vida ativa
  • mantenha-se dentro do peso normal
  • pare de fumar
  • controle a pressão arterial
  • controle o colesterol, os triglicérides e o diabetes.

Fonte: Dr. Desidério Favarato - InCor

Quibe de atum ao forno

1/2 xícara (chá) de trigo para quibe
1 colher (sopa) de azeite de oliva
1 cebola pequena ralada
1 cenoura pequena ralada
1 lata de atum light em água
3 colheres (sopa) de farelo de trigo
salsa e cebolinha verde picada - a gosto

Deixe o trigo de molho na água por 1 hora, escorra bem e reserve. Aqueça o azeite em uma panela, refogue a cebola e a cenoura. Junte com o atum, o farelo de trigo, a salsa e a cebolinha. Coloque em uma forma refratária pequena, faça cortes na superfície e leve ao forno médio, preaquecido (180 graus), por cerca de 30 minutos ou até ficar bem firme. Sirva com rodelas de limão por cima.

Informação nutricional
Rendimento: 4 porções
Calorias: 196 por porção
Proteínas: 13 g por porção
Carboidratos: 31 g por porção
Gorduras totais: 3 g por porção
Gorduras saturadas: 0,3 g por porção
Colesterol: 13 mg por porção
Sódio: 265 mg por porção
Fibras: 0,8 g por porção

Bom apetite, muito sabor e saúde total!!!

domingo, 27 de abril de 2008

SAUDAÇÕES CELESTES!!!!



S A U D A Ç Õ E S C E L E S T E S !!!!!!!!

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sexta-feira, 25 de abril de 2008

Nutrição - A alimentação na prevenção da doença cardiovascular

"É melhor prevenir do que remediar". Para evitar o aparecimento de doenças do coração se faz necessário cuidar dos hábitos alimentares. O que e quanto se come pode ter grande influência no desenvolvimento de males relacionados ao coração e à circulação. Alguns fatores de risco para as doenças do coração estão diretamente relacionados à má educação à mesa: obesidade, diabetes, aumento do colesterol, triglicérides no sangue, etc.
Cuidados ao alimentar: a correta alimentação depende da idade, sexo, peso, altura, grau de atividade física. Porém, se a qualidade da alimentação for adequada já se contribui muito para a prevenção das doenças cardíacas. Os cuidados com a alimentação devem começar desde a infância já que, a partir dos 10 anos de idade, inicia-se o depósito de gordura nas artérias. O equilíbrio entre os nutrientes é o segredo é o segredo da boa alimentação, assim como o consumo de quantidades suficientes de carboidratos, gorduras, proteínas, vitaminas, minerais e fibras. O ganho de peso excessivo pode ser evitado escolhendo-se alimentos com baixo valor calórico mas contendo nutrientes essenciais. Alguns hábitos são importantes na prevenção dos males do coração:
  • Consumir açúcares, doces e refrigerantes com cautela
  • Para sobremesas, preferir as frutas
  • Consumir muitas fibras
  • Consumir pouca gordura
  • Evitar o consumo de carnes gordas, laticínios integrais, massas folhadas e biscoitos recheados
  • Substituir alimentos tradicionais por opções light
  • Optar por óleos vegetais
  • Incluir peixes nas refeições
  • Comer mais carnes brancas
  • Moderar a quantidade de sal

Fonte: Alessandra Macedo

Salmão ao molho de iogurte e agrião

4 filés de salmão (400 g)

2 colheres (sopa) de suco de limão

2 dentes de alho amassados

1 colher (chá) de ervas frescas

1 colher (sopa) de azeite de oliva

1/2 xícara (chá) de alho-poró cortado em rodelas finas3 tomates picados

4 colheres (sopa) de cogumelos frescos fatiados

Tempere o salmão com o limão, o alho e as ervas. Aqueça metade do azeite em uma frigideira antiaderente e grelhe o peixe dos 2 lados. Em seguida acomode os filés em um refratário. Na mesma frigideira adicione o restante do azeite, o alho-poró, os tomates e os cogumelos. Deixe cozinhar por 5 minutos. Coloque sobre o peixe.

Molho

1/2 xícara (chá) de leite desnatado

1 colher (chá) de farinha de trigo

1 xícara (chá) de folhas de agrião

1 pote de iogurte desnatado (200 g)

1 colher (chá) de mostarda

Bata o leite, a farinha e as folhas de agrião no liqüidificador e leve ao fogo para engrossar. Retire do fogo, adicione o iogurte e a mostarda. Regue o peixe com o molho na hora de servir.

Informação nutricional:

Rendimento: 4 porções

Calorias: 261 kcal por porção

Proteínas: 26 g por porção

Carboidratos: 15 g por porção

Gorduras totais: 11 g por porção

Gorduras saturadas: 2 g por porção

Colesterol: 67 mg por porção

Sódio: 159 mg por porção

Fibras: 0,7 g por porção

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Receita diet - sobremesa

Geleia de damasco

200 g de damascos cozidos em 3 xícaras de água
Esfriar e levar ao liquidificador com o caldo. Adicionar 2 colheres de adoçante.
Levar ao fogo até o ponto de geléia. Colocar suco de ½ limão.

Ciência e saúde - Adoçantes

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), adoçantes são produtos especificamente formulados para conferir sabor doce aos alimentos e bebidas, tendo a sacarose (açúcar da cana) como principal exemplo.
Já os adoçantes dietéticos conferem doçura sem possuir sacarose na composição, uma vez que são elaborados para atender às necessidades de pessoas com restrição de carboidratos simples.

Dicas gastronômicas
  • Os adoçantes não servem para todos os tipos de preparações culinárias
  • Com exceção da frutose, nenhum deles pode ser usado para caramelizar fôrmas
  • Não incorporam ar tanto quanto o açúcar, podendo comprometer o resultado final da preparação
  • Mesmo os adoçantes especiais para pães, bolos e biscoitos precisam ser adaptados à receita para apresentar resultados satisfatórios
  • O bolo feito com adoçante à base de sacarina cresce menos
  • Para incorporar mais ar às receitas deve-se peneirar e bater bem os ingredientes
  • Adoçantes à base de aspartame não são apropriados para assar nem para cozinhar, este tipo de adoçante deve ser adicionado após o alimento ser retirado do fogo ou do forno
  • Os adoçantes líquidos são bastante concentrados
  • Os adoçantes podem ser usados em receitas de pães, flãs, doces cremosos, frutas cozidas,bolo s, biscoitos, musses e cheesecakes.

Ciência e saúde - diet e light

Diet x light
Alimentos diet
São aqueles produzidos de forma que sua composição atenda às necessidades de indivíduos com exigências físicas, metabólicas, fisiológicas e/ou que sofrem de doenças específicas. Nesses casos incluem os indicados para dietas com restrição de açúcar, sal, gorduras, colesterol ou proteínas (Ministério da Saúde).
Alimentos para dietas com restrição ou ausência de determinados nutrientes como carboidratos, gorduras, proteínas ou sódio.
Alimentos light
Alimentos com baixos teores de sódio, açúcares, gorduras, colesterol ou baixo valor energético.

Quantidade permitida de nutriente:
Diet
: isento de um nutriente específico
Não contém, livre, zero, sem, free, no, whithout
Light: redução mínima de 25% do nutriente ou Kcal comparado com o alimento convencional
Litlle, low, leve, baixo, pobre.
  • O alimento light não é necessariamente indicado para quem tem um tipo de doença (diabetes, colesterol elevado, entre outras). Entretanto, se apresentar eliminação do nutriente, por exemplo, açúcar (coca light) poderá ser consumido por diabéticos.
  • Algumas vezes os dois atributos são aplicáveis. Os iogurtes desnatados são diet em lipídios totais, tratando-se de conteúdo absoluto e light quando se referem às calorias.

Dicas para diabéticos:

  • Ler os rótulos dos produtos diet e light e compará-los com o produto convencional
  • Alerta para os adoçantes light quanto ao risco de utilização por diabéticos pois contém açúcares
  • Apenas por ser diet um produto não está liberado para diabéticos, estes só devem consumir àqueles que assinalam em sua embalagem que não contém açúcar
  • O consumo de álcool deve ser evitado pois além de prejudicar o aproveitamento dos medicamentos facilita o aparecimento de complicações tardias no diabético
  • Há também alimentos diet que apesar da ausência do açúcar refinado em sua preparação contém bastante frutose, um açúcar de velocidade de absorção menor do que a glicose, mas também capaz de aumentar as calorias da alimentação diária do diabético, e se consumida em excesso, pode ainda aumentar a glicemia do diabético (ex. geléia diet)
  • As frutas fornecem também açúcares (frutose), sendo necessários cuidados ao consumí-las, o ideal é evitar os sucos que têm digestão mais rápida
  • Procurar fazer 6 pequenas refeições ao dia, ao invés de 3 grandes, para evitar “picos” de glicemia

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Para este final de semana prolongado, que tal um "Ravioli ao molho primavera"?

MASSA
1 ovo
100g farinha trigo
1 pitada sal
l litro água

RECHEIO DE CREAM CHEESE E TOMATE SECO
150g cream cheese
100g tomate seco
temperos (sal, manjericão)
Fazer uma pasta que será posteriormente usada para o recheio

MOLHO PRIMAVERA
250g mussarela búfala
250g tomate cereja
1 xícara folhas manjericão
4 dentes de alho
1 de xícara (chá) azeite
1 colher (chá) orégano
Sal
pimenta-do-reino
Misturar todos os ingredientes e reservar.

Colocar em um recipiente ou em uma bancada de pedra a farinha e o sal bem misturados. Abrir um buraco como se fosse um vulcão. Colocar neste buraco o ovo e amassar bem, incorporando a farinha aos poucos. Sovar a massa até que fique com aspecto liso. Deixar descansar em geladeira, enrolado em papel filme por pelo menos 2 horas antes de abrir a massa com rolo ou com cilindro da maquina de massas. Depois de abrir a massa em folhas de aproximadamente 1 milímetro de espessura e 10 centímetros de largura, coloque o recheio desejado. A massa deve ser colocada em superfície enfarinhada. Com pincel molhado com água pincelar leve e uniformemente a massa ao redor do recheio. Isso fará com que a massa grude. Colocar uma segunda folha de massa do mesmo tamanho sobre a primeira. Fechar bem a massa com as mãos e pressionar cada recheio para tirar todo o ar. Cortar os raviólis no tamanho e formato desejado com faca, carretilha ou cortador de massas. Cozinhar utilizando 1 litro de água para cada 100g de massa.

Colocar os raviolis cozidos em pratos de serviço, temperar com o molho frio e servir em seguida.

Provença e Côte D'Azur

De suas colinas com perfume de ervas a seus portos repletos de iates, nenhuma outra região da França atiça tanto a imaginação quanto a Provença. Seus limites são definidos pela natureza: a oeste, o Ródano; ao sul, o Mediterrâneo; ao norte, onde terminam as oliveiras; e, a leste, os Alpes e uma fronteira que durante séculos ficou entre França e Itália. No interior, um terreno contrastante, com desfiladeiros, as planícies de Camargue e campos de alfazema.
A luz do sol cria sabores e cores intensas. Pimentas, alhos e azeitonas transformam as redes repletas de peixes do Mediterrâneo na vibrante síntese da cozinha provençal, a boulabaisse.
A gastronomia colorida da Provence não pode ser reduzida a uma simples denominação “à la provençale”, definida pelos tomates, azeite e alho, mesmo que estes produtos se encontrem na maioria das receitas. A cozinha provençal é antes de tudo, uma sábia mistura de perfumes de ervas aromáticas – tomilho, segurelha, alecrim, louro, anis, menta, sálvia,... – que temperam os legumes e frutas de variedade e qualidade excepcional.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Ratatouille

RATATOUILLE – COZIDO DE LEGUMES OLGA CARDOSO - CHEF DE COZINHA
Ingredientes:
250 ml azeite
2 dentes alho
150g cebola
750g pimentão
1 kg abobrinha
750g berinjela
600g tomate
Ervas de Provença
Sal e pimenta moída
Modo de Preparo:
Lavar todos os legumes. Descascar os alhos e as cebolas. Fatiar os alhos e picar bem finas as cebolas. Cortar todos os legumes em cubos. Em uma frigideira aquecer o azeite. Colocar o alho. Quando ele estiver ligeiramente dourado, colocar a cebola. Deixar alguns minutos em fogo baixo. Em seguida juntar os pimentões. Deixar cozinhar durante 5 minutos e depois acrescentar as abobrinhas. Quando a mistura liberar um pouco de líquido juntar as berinjelas, depois os tomates. Acertar o tempero com sal e pimenta do reino. Deixar cozinhar em fogo brando por mais ou menos 1 hora e 45 minutos, mexendo de vez em quando. Deixar tampado durante a metade do tempo de cozimento, depois retirar a tampa para que a ratatouille reduza bem. Junte as ervas de Provença ao final.


Com Bianca Lage no Programa Tudo de Bom na Band Minas.

As receitas apresentadas por mim podem ser tiradas do site da Band:

www.bandmg.com.br/receitas

Como já são mais antigas vou colocar aos poucos no blog. Bom apetite.

A cozinha do sul da França

O sul da França é dividido em três sub-regiões: Languedoc-Roussilon, Provence e Côte D’Azur e a terceira, a Córsega.
A agricultura é um dos alicerces da economia da região, produzindo frutas, ervas, azeites e uma abundância de vinho. A maior parte das azeitonas é esmagada para produzir azeite. As maduras são pretas de as não maduras, verdes. Ambas podem ser conservadas em salmoura ou azeite. No fim da colheita, come-se pão e tapenade –pasta de azeitonas pretas, alcaparras, enchovas e azeite.
O clima quente e ensolarado auxilia na produção de vinhos bastante alcoólicos. As planícies costeiras têm vinhedos, mas os melhores vinhos estão nas encostas de xisto e calcário. Um grande arco, que vai de Banyuls, no extremo sul da França, até Nice, próximo à fronteira italiana, abrange os vinhedos mediterrâneos de Languedoc-Roussillon e Provença. Durante um século, esta área produziu vinho em massa – ainda muito de sua produção tem a qualidade do vin de table. Hoje, porém, produtores mais dinâmicos aplicam novas tecnologias às variedades tradicionais e clássicas da uva, para retomar o mais nobre do legado do sudoeste francês, que vai de vinhos generosos e aromáticos, cheirando a pedra ressecada pelo sol, ao aroma de ervas silvestres e águas do Mediterrâneo.
O mel vem com muitos sabores, dependendo da dieta das abelhas, que inclui uma ampla variedade de flores e ervas, como lavanda, flor de laranjeira, alecrim ou tomilho.
Observar um mercado da Provença pode ser uma experiência fantástica. Os balcões mal agüentam as pilhas de alhos rosados, pimentões frescos e coloridos, tomates, berinjelas, abobrinhas e aspargos. Os melões Cavaillon são tão maduros que se partem, exalando um doce perfume.
No outono e no inverno, um cheiro de terra impregna o ar, e os cogumelos silvestres, acelgas suíças, alcachofras, nozes, marmelos, abóboras, ervas-doces e azeitonas pretas enchem as prateleiras. A costa da Provença é famosa pelas sopas de peixe, incluindo a boulabaisse e o bourride, um cozido de peixe com alho. Cordeiro é a carne mais comum na Provença; a melhor vem de Camargue e do Crau, onde os cordeiros pastam ervas e grama de charco salino. Aldeias dos Pirineus de Roussillon produzem deliciosas lingüiças, presuntos e charcuterie. Roussilon supre a França com os primeiros pêssegos, cerejas e damascos da temporada. Suas águas trazem mexilhões, ostras e tellines (mariscos minúsculos). Mais para o sul, a ilha da Córsega tem uma cozinha marcante, com forte influência italiana.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Esta é a nossa sugestão para presentear a mamãe no dia 11 de maio - Dia das Mães.
O vasinho é um delicioso e diferente bolo de maçã. As tulipas são de origami e seu recheio é uma Nhá Benta. Nhá Benta é um bombom de chocolate preto recheado com marsmallow.
Suas encomendas podem ser feitas pelo blog, em comentários. Não deixe de se identificar no blog com seu nome e telefone. Você também pode encomendar pelos telefones:

9977-0167 / 3660-9738 / 3662-1307 - Olga.
Rodrigo e/ou Fernando: 3225-2863 à noite
Rodrigo: 9173-3187
Fernando: 9209-1842

Garanta logo o seu presente!!!!
R$ 25,00

Festival Comida de Buteco

Atenção butequeiros:
Está aberto o Festival Comida de Buteco! Até o dia 11 de maio 41 butecos selecionados em Belo Horizonte estão participando do festival. A saideira será nos dias 17 e 18 de maio, no Largo da Saideira situado à Avenida Cristiano Machado, 3450 - Bairro União.
Maiores informações no site: http://www.comidadibuteco.com.br/
No site você encontra a relação dos butecos, seus tira-gostos, endereços e muito mais.
Aproveitem!!!

terça-feira, 15 de abril de 2008

A gastronomia na França

Roma, privilegiada entre todas as cidades, teve duas civilizações, ambas brilhantes: sua civilização guerreira e sua civilização cristã. Depois do luxo de seus generais e imperadores, teve o de seus cardeais e papas. Por meio do comércio, a Itália recuperava as riquezas que outrora conquistara por meio das armas. Assim como tivera seus gastrônomos pagãos – Lúculo, Hortênsio, Apício, Marco Antônio, Polião -, também teve seus gastrônomos cristãos – Leonardo da Vinci, Tintoretto, Ticiano, Paolo Veronese -, o que fez com que logo deixasse de ser suficientemente grande para conter essa nova civilização, que transbordou para a França.
A França estava muito atrasada, culinariamente falando, à exceção dos vinhos, que, sem terem atingido o grau de perfeição dos nossos dias, eram superiores aos vinhos da velha Roma e da nova Itália.
Felizmente, porém, em meio a essa dispersão dos povos, em meio a essa inundação de bárbaros, os mosteiros haviam permanecido como locais de refugio para as ciências, artes e tradições da cozinha, de pagã que era, fizera-se cristã, sofrendo sua divisão em gorda e magra.
Esse luxo da mesa que encontramos nos quadros de Veronese, particularmente no das Bodas de Cana, chegou à França com Catarina de Médicis, e foi sempre aumentando sob os reinos de Francisco II, Carlos IX e Henrique III.
As toalhas de mesa, já usadas na época de Augusto, tinham desaparecido, não se estendendo sobre nossas mesas sua superfície alva senão por volta do século XII, e ainda exclusivamente nas casas dos príncipes e dos reis.
Os guardanapos só entraram em uso quarenta anos depois sob o reinado seguinte. Os celtas enxugavam os dedos em feixes de feno que lhes serviam de assento. Os espartanos colocavam ao lado de cada comensal um pedaço de miolo de pão destinado ao mesmo uso. Antes dos primeiros guardanapos de linho, usavam-se tecidos de lã que não eram nem novos, nem lavados de véspera.
A colher e o garfo foram pouco a pouco banidos da França até o século XVI, e seu uso só se tornou corrente no século passado.
As facas haviam precedido em muito tempo os garfos, devido à necessidade de despedaçar as carnes que não se conseguia rasgar com os dedos.
Quanto às especiarias, que hoje formam o condimento principal de todos os molhos, começou a se tornar um pouco mais comum na França depois que Cristóvão Colombo descobriu a América e Vasco da Gama a rota do Cabo.
Num país praticamente cercado pelo mar, como a França, o sal foi logo introduzido, e, desde a antiguidade, a condimentação da carne e dos legumes.
A pimenta do reino, ao contrário, só se tornou conhecida depois de cento e cinqüenta ou duzentos anos. O senhor Pierre Poivre, nativo de Lyon, transportou-a da Île de France para a Conchinchina. Antes dessa conquista, era vendida a peso de ouro.
Foi principalmente sob Henrique III que as elegantes delicadezas das mesas florentinas e romanas desabrocharam na França: a toalha de mesa era plissada e frisada como uma tarrafa desde Francisco I. Já sob a terceira dinastia o luxo da prataria superara todos os limites.
No começo do século XVI, sob Luis XII e Francisco I, jantava-se às dez da manhã; às quatro ceava-se; o resto do dia era ocupado por saraus e passeios. No século XVII, jantava-se ao meio dia, ceava-se às sete horas.
Pagens, e às vezes a dona da casa e as filhas, apresentavam aos convidados, bacias de prata que serviam para lavar as mãos; isto feito, tomava-se lugar à mesa e, ao dela sair, lavavam-se novamente as mãos numa sala vizinha. Se o anfitrião fizesse questão de homenagear um conviva em especial, passava-lhe sua própria taça cheia.
Nesse ínterim, o café apareceu na França. Ao observar que as cabras do Iêmen, que comiam bagas de uma planta oriunda daquela região, eram mais espertas, vivas e alegres que as outras, um sacerdote mulçumano torrou as bagas, moeu e delas fez uma infusão, descobrindo o café tal como o tomamos.
Por volta do século XVIII, um sujeito chamado Boulanger estabeleceu em Paris, na Rue des Poulies, o primeiro restaurante. Lia-se a seguinte divisa em sua porta: “Venites omnes, qui stomacho laboratis,et ego restaurabo vos”, isto é, “Venham todos que trabalham com o estômago, e o restaurarei.”
Foi um grande progresso a instalação dos restaurantes em Paris. Antes que fossem criados, os forasteiros eram obrigados a recorrer à cozinha dos albergues, em geral, ruim. Existiam decerto alguns hotéis com mesa para hóspedes, mas com poucas exceções, não ofereciam senão o estrito necessário. Podia-se, com efeito, recorrer aos traiteurs; mas estes só entregavam peças inteiras; e quem quisesse se regalar com um amigo era obrigado a comprar um carneiro, um peru ou um naco de boi.
Finalmente, surgiu um homem de talento que, julgando oportuna uma nova criação, compreendeu que, se um freguês havia se apresentado para comer uma asa de galinha, outro não podia deixar de se apresentar para comer a coxa. A variedade dos pratos, a estabilidade dos preços e o cuidado dedicado ao serviço levaram a voga àqueles que exigiam essas três qualidades em primeiro lugar.
Há mais de três séculos que a França tem na gastronomia uma grande representante de sua cultura. Aqui foram criadas receitas e iguarias da culinária ocidental - do foie gras às trufas - e surgiram as linhas mestras da cozinha ocidental.
A culinária francesa surge junto ao mar ao longo da costa atlântica e revela nas regiões do noroeste um painel de extraordinária riqueza. Encontramos ostras espetaculares, mexilhões, mariscos, lagostins, os populares xereletes, sardinha ou a cavala, robalos, sem falar das saborosas preparações usando peixes dos rios do Vale do Loire.
De Nantes às terras de Orleans, deleitamo-nos com uma culinária particular dedicada aos peixes de rio. Uma riqueza notável encontrada nas terras da Normandia são os cordeiros pré-salés da Bretanha. A manteiga encontra um terreno propício nas regiões do noroeste e do norte do país, embora neste partilhe o lugar nas cozinhas com a banha de porco.
As regiões do norte repartem suas preferências entre a carne bovina e a de porco, embora a criatividade possa ir muito mais além, como acontece com o potjevfleisch de Flandres, preparado com vitela, coelho e toucinho.
A popularidade dos produtos das hortaliças (couve, repolho, couve-flor), acompanhada da paixão pela batata ou pela beterraba, também caracterizam a gastronomia do norte. A região do interior tem muito a dizer. Cozinhas por vezes simples e rústicas, como a da Auvergne e outras vezes barrocas como as de Bourbonnais.
Quando se fala de cozinha francesa, Lyon deve ser sublinhada. Para muitos é a capital gastronômica do país. De qualquer modo, desfruta de uma variedade incomparável: salsichas, salsichões, dobradinha, o frango assado com cardo, as almôndegas de carpas, o fígado de vitela, o frango com trufas. Atrelada ao aroma do alho, às ervas aromáticas, há ainda as gloriosas carnes dos patos cevados das Landas, na costa atlântica.
A cozinha do sul da França se caracteriza por sua singularidade e marcada pela proximidade ibérica. Poderia ser dito, inclusive, que há, em determinadas situações, uma maior influência espanhola que francesa. E por fim a cozinha do país basco francês, possivelmente a mais próxima da Ibéria.
E os queijos? Dizem que os franceses têm um queijo diferente para cada dia do ano. A lista é interminável, embora se mova, preferencialmente, pelos derivados do leite de vaca e, em segundo plano, pelo de cabra. Começando pelos mais populares do mundo, como o camembert, o brie e o gruyere.
O vinho é o grande destaque da gastronomia francesa, o produto que mais bem representa a sua imagem em todo o mundo. Basta recordar os grandes vinhos da região de Bordeaux ou da Borgonha e os grandes espumantes de Champagne.
A França possui os maiores hipermercados da Europa, que vêm substituindo os mercados locais e as lojas de esquina. Estes permanecem nacionalistas nos produtos que oferecem: um balcão pode chegar a ter 100 ou mais tipos de queijos e frios. A variedade de verduras, legumes, ervas e frutas frescas lembra o papel que esses itens ocupam na culinária do país. As feiras oferecem o melhor da produção local.
No entanto, sob a pressão dos tempos modernos, os hábitos têm se modificado. Os franceses costumavam comer bem todos os dias. Atualmente, têm pressa e a maioria das refeições durante a semana consiste em um prato rápido de carne ou massa em casa, ou um lanche na cidade – daí o aumento do fast food que desafia a tradição nacional. Mas as refeições permanecem uma parte importante do laser, não só pela comida e pelo vinho em si, mas também pelo prazer das reuniões sem pressa e uma boa conversa à mesa, com a família ou amigos. Eles reservam sua gastronomia para uma ou duas ocasiões especiais por semana, talvez uma reunião de amigos para jantar ou um grande almoço de domingo em família; ainda um importante ritual.
A refeição francesa tradicional tem pelo menos três pratos. A entrada inclui sopas, pratos a base de ovos, saladas ou frios. Nos pratos principais, há peixe ou carne, em geral com um molho, acompanhados por batatas, arroz ou massas e legumes. O queijo vem antes da sobremesa, que pode ser sorvete, torta ou um doce. O menu a preço fixo é a opção mais barata.
O café da manhã dos franceses oferece uma grande variedade de pães, que se come com manteiga e geléia. Entre eles estão os croissants -pães folhados e amanteigados em forma de meia lua-, a tradicional baguete –o clássico pão fino e comprido que cortado ao meio e com manteiga e geléia torna-se uma tartine-, o pain au chocolat –de forma quadrada e recheado com um tablete de chocolate derretido-, e o brioche –um pãozinho aerado com fermento e enriquecido com ovos. São sempre acompanhados de chá, café e, cada vez mais, servem-se de cereais. O café au lait –café expresso com leite morno-, é o tipo de café mais comum na mesa dos franceses.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Pipoca

Olá pessoal,
Atendendo aos pedidos da minha amiguinha Ana Lúcia e da minha irmã Martinha, vai aí a receita de pipoca doce:
1 medida de milho
1 medida de água
1 medida de açúcar
1/2 medida de óleo
Coloque todos os ingredientes na pipoqueira. Mexa com a panela destampada até que a mistura de água - óleo e açúcar comece a se transformar em calda e o milho comece a estourar. Neste ponto tampe a pipoqueira, continue mexendo até que todo o milho estoure. Fica uma delícia, crocante e docinha. Esta medida, pode ser uma xícara de café - aquela de cafezinho - que tem espaço suficiente na pipoqueira para estourar. Agora, mãos a obra e bom proveito!!!! Beijocas com pipocas ...

domingo, 13 de abril de 2008

Conheça Les Baux de Provence - França

Em Les Baux de Provence fica o Hôtel Oustau de Baumanière onde fiz meu estágio de gastronomia, no período de junho a dezembro de 2006.
No coração do país de Mistral e Giono- famosos escritores franceses -, Les Baux de Provence é uma das mais belas vilas do mundo. A abandonada cidadela ergue-se como extensão natural de um grande planalto rochoso. O castelo em ruínas e casas antigas têm vista para o Vale do Inferno. Com suas estranhas rochas; no passado, segundo a lenda, foi antro de bruxas e gnomos. Na Idade Média, Les Baux abrigou poderosos senhores feudais que se diziam descendentes do rei-mago Baltazar. A glória de Les Baux terminou em 1632. Tornara-se uma fortaleza protestante e Luis XIII ordenou sua destruição.
Neste lugar, há mais de sessenta anos, Raymond Thuilier, diretor de uma companhia de seguros, cai de amores por um prédio abandonado do século XVI que estava à venda. Ele tinha uma paixão, a arte culinária. Durante os fins de semana, ele gostava de preparar saborosas receitas a seus amigos. Este lionês prova da nostalgia da cozinha de sua mãe.
Com o tempo ele começa a gastar mais tempo e energia neste prédio. Como já não era jovem, estava num lugar isolado e com estradas pouco praticáveis, ele resolve transformar o Oustau em sua casa. No Natal de 1945 o Oustau abriu enfim suas portas, novo “relais de campangne” às férias gastronômicas. Raymond Thuilier transforma a paixão de amador em profissão.
Apaixonado pela natureza que o rodeia, o novo chefe pequisa muito o “terroir”. Ele joga com seus aromas, sabores da terra e do mar e sofistica as receitas ancestrais da Provence. Seus produtos deveriam ser perfeitos. Ele colhia as frutas, legumes e ervas do seu quintal. Ele escolhia atentamente as carnes e peixes da região próxima. Ele tinha todo cuidado para servir um prato, para que a emoção chegasse intacta em suas mesas.
O prazer da invenção se juntou por sua vez ao pioneirismo. Alguns meses depois da inauguração por Georges Pompidou, o Oustau de Baumanière torna-se uma passagem quase obrigatória para os turistas da gastronomia.
O Oustau de Baumanière se apóia em uma filosofia exigente: “faça sempre melhor que o anterior”. Mas Raymond Thuilier tinha uma preocupação, ele sabia que deveria transmitir seus conhecimentos, passar o bastão.
Foi então que, em 1967, Jean-André Charial, seu neto, recebeu o pedido para vir encontrá-lo. A conivência entre estes dois homens se manteve mesmo à distância. Após, uma volta pela França dos maiores cozinheiros: os Troisgros em Roanne, Alain Chapel em Mionnay, Haeberlin na Alsace, depois Bocuse e Freddy Girardet em Roanne.
Agora, o Oustau de Baumanière é propriedade de Jean-André e de sua esposa Geneviève.
Para a sutileza de sua cozinha, Jean-André cultiva em sua horta, flores de abóbora, vagens ou ervilhas ultra finas e toda uma gama de ervas aromáticas. Ele possui seu oliveral e suas vinhas, sua outra paixão, onde ele produz um vinho chamado “L’Affecitif”.
Jean-André perpetua com paixão a viagem inicial no jardim de sabores instaurado por seu genial avô. Os dois compartilharam sempre da mesma idéia de gastronomia. A cozinha deve ser permanentemente um convite ao prazer. Minha cozinha - explica Jean-André -, é indissociável de Baux de Provence e deste vale, da luminosidade, da pureza e da vibração do ambiente dos Alpilles.
A filosofia da casa: perfeição e simplicidade. A cozinha segue esta regra em todas as áreas, as quais estão divididas em cozinha quente (entradas, carnes, peixes e frutos do mar, guarnições), pâtisserie e boulangerie.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

A Pipoca

Rubem Alves me encanta. Vejam que espetáculo esta crônica. Espero que gostem, é muito legal.

"A culinária me fascina. De vez em quando eu até me até atrevo a cozinhar. Mas o fato é que sou mais competente com as palavras que com as panelas. Por isso tenho mais escrito sobre comidas que cozinhado. Dedico-mo a algo que poderia ter o nome de ‘culinária literária’. Já escrevi sobre as mais variadas entidades do mundo da cozinha: cebolas, ora-pro-nobis, picadinho de carne com tomate, feijão e arroz, bacalhoada, suflês, sopas, churrascos. Cheguei mesmo a dedicar metade de um livro poético-filosófico a uma meditação sobre o filme A festa de Babette, que é uma celebração da comida como ritual de feitiçaria. Sabedor das minhas limitações e competências, nunca escrevi como ‘chef’. Escrevi como filósofo, poeta, psicanalista e teólogo - porque a culinária estimula todas essas funções do pensamento.
As comidas, para mim, são entidades oníricas. Provocam a minha capacidade de sonhar. Nunca imaginei, entretanto, que chegaria um dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois foi precisamente isso que aconteceu. A pipoca, milho mirrado, grãos redondos e duros, me pareceu uma simples molecagem, brincadeira deliciosa, sem dimensões metafísicas ou psicanalíticas. Entretanto, dias atrás, conversando com uma paciente, ela mencionou a pipoca. E algo inesperado na minha mente aconteceu. Minhas idéias começaram a estourar como pipoca. Percebi, então, a relação metafórica entre a pipoca e o ato de pensar. Um bom pensamento nasce como uma pipoca que estoura, de forma inesperada e imprevisível. A pipoca se revelou a mim, então, como um extraordinário objeto poético. Poético porque, ao pensar nelas, as pipocas, meu pensamento se pôs a dar estouros e pulos como aqueles das pipocas dentro de uma panela.
Lembrei-me do sentido religioso da pipoca. A pipoca tem sentido religioso? Pois tem. Para os cristãos, religiosos, são o pão e o vinho, que simbolizam o corpo e o sangue de Cristo, a mistura de vida e alegria (porque vida, só vida, sem alegria, não é vida...). Pão e vinho devem ser bebidos juntos. Vida e alegria devem existir juntas. Lembrei-me, então, de lição que aprendi com a Mãe Stella, sábia poderosa do Candomblê baiano: que a pipoca é a comida sagrada do Candomblê...
A pipoca é um milho mirrado, sub-desenvolvido. Fosse eu agricultor ignorante, e se no meio dos meus milhos graúdos aparecessem aquelas espigas nanicas, eu ficaria bravo e trataria de me livrar delas. Pois o fato é que, sob o ponto de vista de tamanho, os milhos da pipoca não podem competir com os milhos normais. Não sei como isso aconteceu, mas o fato é que houve alguém que teve a idéia de debulhar as espigas e colocá-las numa panela sobre o fogo, esperando que assim os grãos amolecessem e pudessem ser comidos. Havendo fracassado a experiência com água, tentou a gordura. O que aconteceu, ninguém jamais poderia ter imaginado. Repentinamente os grãos começaram a estourar, saltavam da panela com uma enorme barulheira. Mas o extraordinário era o que acontecia com eles: os grãos duros quebra-dentes se transformavam em flores brancas e macias que até as crianças podiam comer. O estouro das pipocas se transformou, então, de uma simples operação culinária, em uma festa, brincadeira, molecagem, para os risos de todos, especialmente as crianças. É muito divertido ver o estouro das pipocas!
E o que é que isso tem a ver com o Candomblê? É que a transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação porque devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser. O milho da pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro. O milho da pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer, pelo poder do fogo podemos, repentinamente, nos transformar em outra coisa - voltar a ser crianças!
Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo. Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre. Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e dureza assombrosa. Só que elas não percebem. Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder um emprego, ficar pobre. Pode ser fogo de dentro. Pânico, medo, ansiedade, depressão - sofrimentos cujas causas ignoramos. Há sempre o recurso aos remédios. Apagar o fogo. Sem fogo o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação.
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pense que sua hora chegou: vai morrer. De dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: pum! - e ela aparece como uma outra coisa, completamente diferente, que ela mesma nunca havia sonhado. É a lagarta rastejante e feia que surge do casulo como borboleta voante.
Na simbologia cristã o milagre do milho de pipoca está representado pela morte e ressurreição de Cristo: a ressurreição é o estouro do milho de pipoca. É preciso deixar de ser de um jeito para ser de outro. ‘Morre e transforma-te!’ - dizia Goethe.
Em Minas, todo mundo sabe o que é piruá. Falando sobre os piruás com os paulistas descobri que eles ignoram o que seja. Alguns, inclusive, acharam que era gozação minha, que piruá é palavra inexistente. Cheguei a ser forçado a me valer do Aurélio para confirmar o meu conhecimento da língua. Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar. Meu amigo William, extraordinário professor-pesquisador da UNICAMP, especializou-se em milhos, e desvendou cientificamente o assombro do estouro da pipoca. Com certeza ele tem uma explicação científica para os piruás. Mas, no mundo da poesia as explicações científicas não valem. Por exemplo: em Minas ‘piruá’ é o nome que se dá às mulheres que não conseguiram casar. Minha prima, passada dos quarenta, lamentava: ‘Fiquei piruá!’ Mas acho que o poder metafórico dos piruás é muito maior. Piruás são aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. Ignoram o dito de Jesus: ‘Quem preservar a sua vida perdê-la-á’. A sua presunção e o seu medo são a dura casca do milho que não estoura. O destino delas é triste. Vão ficar duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca macia. Não vão dar alegria para ninguém. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo.
Quanto às pipocas que estouraram, são adultos que voltaram a ser crianças e que sabem que a vida é uma grande brincadeira... "
ALVES, Rubem. O amor que acende a lua 3 ed. Campinas: Papirus. P.59.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Casamento na família

Pessoal! Gostaria de contar aos amigos e familiares que a nossa sobrinha Paulinha está prestes a se casar. Ela montou uma página linda na internet, cujo endereço está em meus favoritos - ao lado esquerdo da minha página do blog. É só clicar no endereço paulaandmarc.com. Lá vocês podem deixar sua mensagem para os felizes noivinhos. Será que ela vai gostar? Eu já deixei o meu recadinho. Beijo a todos. A você Paulinha, um caminhão de beijos da tia Olguinha.

Vamos viver?

"A vida não pode ser economizada para amanhã. Acontece sempre no presente. "
Rubem Alves

A influência francesa sobre a gastronomia brasileira

No início do século XIX, França e Inglaterra lutavam pela hegemonia mundial. O governante francês, Napoleão Bonaparte, tinha praticamente toda a Europa sob seu domínio. Decretou então o bloqueio do continente aos seus inimigos, e, a Inglaterra, para quebrar esta barreira, contava com um tradicional aliado, o combalido e decadente Reino de Portugal, cujos portos eram utilizados como base para suas operações navais. Decidido a pôr um ponto final nesse apoio ao inimigo, Napoleão, em novembro de 1807, ocupou Portugal.
O regente português, Dom João, que governava o País em nome de sua mãe, a demente rainha Dona Maria, sabia que não tinha chances de resistir à invasão. Resolveu, então, transferir a capital do Reino para o Rio de Janeiro, para onde fugiu acompanhado por sua corte.
Em 1808, ao chegar à Bahia, o príncipe regente assinou um decreto que abriu os portos brasileiros à “todas as nações amigas”. Na prática, a medida representou a possibilidade de serem comercializados no Brasil produtos até então desconhecidos pela maioria da população local.
O Rio de Janeiro, à época da chegada da corte portuguesa, era uma cidade pequena, de ruas estreitas e residências sem maiores atrativos arquitetônicos. A ausência de hotéis era compensada por casas de pastos, que forneciam refeições, e por tavernas – especializadas na venda de bebidas alcoólicas -, que alugavam quartos, e uma ou outra estalagem onde se podia encontrar cama e comida. Em comum, todos os estabelecimentos possuíam alojamentos em péssimas condições e nenhuma preocupação com a higiene.
Os alimentos disponíveis no mercado também deixavam a desejar. A carne de boi era muito ruim, em razão da longa distância entre os centros produtores e a nova sede do Reino. Transportado a pé, o gado chegava magro e cansado, sendo abatido antes que pudesse se recuperar. A variedade de peixes frescos posta à venda era pequena, embora a localização geográfica da cidade, à beira-mar, reunisse condições para que esse tipo de produto fosse melhor aproveitado. O leite e manteiga, toda importada, eram intragáveis.
Para modificar aquela realidade, além da abertura dos portos, outra medida se impôs: a promulgação de leis que incentivavam a emigração para o Brasil de povos de diversas nacionalidades, o que se deu em grande escala principalmente após a independência do país, em 1822.
Entre os estrangeiros que vieram tentar a sorte no Brasil havia muitos franceses, já que, em 1814, Portugal e França restabeleceram a paz. Vários deles eram padeiros, confeiteiros e cozinheiros, que divulgavam a culinária natal trabalhando nos restaurantes dos bons hotéis que foram sendo inaugurados ao longo do século XIX e também nas residências aristocráticas.
Pouco a pouco, molhos como o bèchamel (molho branco) e a maionese se integraram ao cardápio nacional. O mesmo ocorreu com mousses e omeletes. Atividades profissionais na área da gastronomia adotaram expressões francesas, como chef, maître,sommelier e garçon.
As padarias, raras no início do século XIX, se multiplicaram pelo Rio de Janeiro, oferecendo baguettes, croissants e brioches. O pão francês é uma criação desse tempo, apesar de não se conhecer ao certo sua origem, já que na França ele nunca existiu. Mas não importa. O que o distingue é que conseguiu retirar da mandioca cozida e da broa de milho a preferência da população urbana no café da manhã e nos lanches.
O imigrante francês também foi um dos responsáveis pelo surgimento de confeitarias requintadas, nas quais era possível encontrar croquetes, coxinhas de galinha, rissoles, refrescos de frutas, sobremesas preparadas com creme chantilly, pavês e sorvetes. Os doces brasileiros tradicionais foram relegados ao espaço doméstico, enquanto as vitrines e balcões eram tomados por éclair (bombas) e profiteroles.
Nas residências particulares, novidades como os souflês se tornaram corriqueiras. Do mesmo modo que os pratos gratinados, os patês, as saladas, os queijos, crepes. Nas recepções, garçons trajados como em Paris ofereciam canapés arrumados em bandejas.
Com os franceses, os brasileiros conheceram o refinamento, o prazer de comer fora e descobriram que uma refeição não tem o objetivo único de saciar a fome. Ela é, antes de tudo, uma fonte de prazer e a oportunidade de se intensificar o convívio social.