quarta-feira, 23 de abril de 2008

Receita diet - sobremesa

Geleia de damasco

200 g de damascos cozidos em 3 xícaras de água
Esfriar e levar ao liquidificador com o caldo. Adicionar 2 colheres de adoçante.
Levar ao fogo até o ponto de geléia. Colocar suco de ½ limão.

Ciência e saúde - Adoçantes

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), adoçantes são produtos especificamente formulados para conferir sabor doce aos alimentos e bebidas, tendo a sacarose (açúcar da cana) como principal exemplo.
Já os adoçantes dietéticos conferem doçura sem possuir sacarose na composição, uma vez que são elaborados para atender às necessidades de pessoas com restrição de carboidratos simples.

Dicas gastronômicas
  • Os adoçantes não servem para todos os tipos de preparações culinárias
  • Com exceção da frutose, nenhum deles pode ser usado para caramelizar fôrmas
  • Não incorporam ar tanto quanto o açúcar, podendo comprometer o resultado final da preparação
  • Mesmo os adoçantes especiais para pães, bolos e biscoitos precisam ser adaptados à receita para apresentar resultados satisfatórios
  • O bolo feito com adoçante à base de sacarina cresce menos
  • Para incorporar mais ar às receitas deve-se peneirar e bater bem os ingredientes
  • Adoçantes à base de aspartame não são apropriados para assar nem para cozinhar, este tipo de adoçante deve ser adicionado após o alimento ser retirado do fogo ou do forno
  • Os adoçantes líquidos são bastante concentrados
  • Os adoçantes podem ser usados em receitas de pães, flãs, doces cremosos, frutas cozidas,bolo s, biscoitos, musses e cheesecakes.

Ciência e saúde - diet e light

Diet x light
Alimentos diet
São aqueles produzidos de forma que sua composição atenda às necessidades de indivíduos com exigências físicas, metabólicas, fisiológicas e/ou que sofrem de doenças específicas. Nesses casos incluem os indicados para dietas com restrição de açúcar, sal, gorduras, colesterol ou proteínas (Ministério da Saúde).
Alimentos para dietas com restrição ou ausência de determinados nutrientes como carboidratos, gorduras, proteínas ou sódio.
Alimentos light
Alimentos com baixos teores de sódio, açúcares, gorduras, colesterol ou baixo valor energético.

Quantidade permitida de nutriente:
Diet
: isento de um nutriente específico
Não contém, livre, zero, sem, free, no, whithout
Light: redução mínima de 25% do nutriente ou Kcal comparado com o alimento convencional
Litlle, low, leve, baixo, pobre.
  • O alimento light não é necessariamente indicado para quem tem um tipo de doença (diabetes, colesterol elevado, entre outras). Entretanto, se apresentar eliminação do nutriente, por exemplo, açúcar (coca light) poderá ser consumido por diabéticos.
  • Algumas vezes os dois atributos são aplicáveis. Os iogurtes desnatados são diet em lipídios totais, tratando-se de conteúdo absoluto e light quando se referem às calorias.

Dicas para diabéticos:

  • Ler os rótulos dos produtos diet e light e compará-los com o produto convencional
  • Alerta para os adoçantes light quanto ao risco de utilização por diabéticos pois contém açúcares
  • Apenas por ser diet um produto não está liberado para diabéticos, estes só devem consumir àqueles que assinalam em sua embalagem que não contém açúcar
  • O consumo de álcool deve ser evitado pois além de prejudicar o aproveitamento dos medicamentos facilita o aparecimento de complicações tardias no diabético
  • Há também alimentos diet que apesar da ausência do açúcar refinado em sua preparação contém bastante frutose, um açúcar de velocidade de absorção menor do que a glicose, mas também capaz de aumentar as calorias da alimentação diária do diabético, e se consumida em excesso, pode ainda aumentar a glicemia do diabético (ex. geléia diet)
  • As frutas fornecem também açúcares (frutose), sendo necessários cuidados ao consumí-las, o ideal é evitar os sucos que têm digestão mais rápida
  • Procurar fazer 6 pequenas refeições ao dia, ao invés de 3 grandes, para evitar “picos” de glicemia

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Para este final de semana prolongado, que tal um "Ravioli ao molho primavera"?

MASSA
1 ovo
100g farinha trigo
1 pitada sal
l litro água

RECHEIO DE CREAM CHEESE E TOMATE SECO
150g cream cheese
100g tomate seco
temperos (sal, manjericão)
Fazer uma pasta que será posteriormente usada para o recheio

MOLHO PRIMAVERA
250g mussarela búfala
250g tomate cereja
1 xícara folhas manjericão
4 dentes de alho
1 de xícara (chá) azeite
1 colher (chá) orégano
Sal
pimenta-do-reino
Misturar todos os ingredientes e reservar.

Colocar em um recipiente ou em uma bancada de pedra a farinha e o sal bem misturados. Abrir um buraco como se fosse um vulcão. Colocar neste buraco o ovo e amassar bem, incorporando a farinha aos poucos. Sovar a massa até que fique com aspecto liso. Deixar descansar em geladeira, enrolado em papel filme por pelo menos 2 horas antes de abrir a massa com rolo ou com cilindro da maquina de massas. Depois de abrir a massa em folhas de aproximadamente 1 milímetro de espessura e 10 centímetros de largura, coloque o recheio desejado. A massa deve ser colocada em superfície enfarinhada. Com pincel molhado com água pincelar leve e uniformemente a massa ao redor do recheio. Isso fará com que a massa grude. Colocar uma segunda folha de massa do mesmo tamanho sobre a primeira. Fechar bem a massa com as mãos e pressionar cada recheio para tirar todo o ar. Cortar os raviólis no tamanho e formato desejado com faca, carretilha ou cortador de massas. Cozinhar utilizando 1 litro de água para cada 100g de massa.

Colocar os raviolis cozidos em pratos de serviço, temperar com o molho frio e servir em seguida.

Provença e Côte D'Azur

De suas colinas com perfume de ervas a seus portos repletos de iates, nenhuma outra região da França atiça tanto a imaginação quanto a Provença. Seus limites são definidos pela natureza: a oeste, o Ródano; ao sul, o Mediterrâneo; ao norte, onde terminam as oliveiras; e, a leste, os Alpes e uma fronteira que durante séculos ficou entre França e Itália. No interior, um terreno contrastante, com desfiladeiros, as planícies de Camargue e campos de alfazema.
A luz do sol cria sabores e cores intensas. Pimentas, alhos e azeitonas transformam as redes repletas de peixes do Mediterrâneo na vibrante síntese da cozinha provençal, a boulabaisse.
A gastronomia colorida da Provence não pode ser reduzida a uma simples denominação “à la provençale”, definida pelos tomates, azeite e alho, mesmo que estes produtos se encontrem na maioria das receitas. A cozinha provençal é antes de tudo, uma sábia mistura de perfumes de ervas aromáticas – tomilho, segurelha, alecrim, louro, anis, menta, sálvia,... – que temperam os legumes e frutas de variedade e qualidade excepcional.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Ratatouille

RATATOUILLE – COZIDO DE LEGUMES OLGA CARDOSO - CHEF DE COZINHA
Ingredientes:
250 ml azeite
2 dentes alho
150g cebola
750g pimentão
1 kg abobrinha
750g berinjela
600g tomate
Ervas de Provença
Sal e pimenta moída
Modo de Preparo:
Lavar todos os legumes. Descascar os alhos e as cebolas. Fatiar os alhos e picar bem finas as cebolas. Cortar todos os legumes em cubos. Em uma frigideira aquecer o azeite. Colocar o alho. Quando ele estiver ligeiramente dourado, colocar a cebola. Deixar alguns minutos em fogo baixo. Em seguida juntar os pimentões. Deixar cozinhar durante 5 minutos e depois acrescentar as abobrinhas. Quando a mistura liberar um pouco de líquido juntar as berinjelas, depois os tomates. Acertar o tempero com sal e pimenta do reino. Deixar cozinhar em fogo brando por mais ou menos 1 hora e 45 minutos, mexendo de vez em quando. Deixar tampado durante a metade do tempo de cozimento, depois retirar a tampa para que a ratatouille reduza bem. Junte as ervas de Provença ao final.


Com Bianca Lage no Programa Tudo de Bom na Band Minas.

As receitas apresentadas por mim podem ser tiradas do site da Band:

www.bandmg.com.br/receitas

Como já são mais antigas vou colocar aos poucos no blog. Bom apetite.

A cozinha do sul da França

O sul da França é dividido em três sub-regiões: Languedoc-Roussilon, Provence e Côte D’Azur e a terceira, a Córsega.
A agricultura é um dos alicerces da economia da região, produzindo frutas, ervas, azeites e uma abundância de vinho. A maior parte das azeitonas é esmagada para produzir azeite. As maduras são pretas de as não maduras, verdes. Ambas podem ser conservadas em salmoura ou azeite. No fim da colheita, come-se pão e tapenade –pasta de azeitonas pretas, alcaparras, enchovas e azeite.
O clima quente e ensolarado auxilia na produção de vinhos bastante alcoólicos. As planícies costeiras têm vinhedos, mas os melhores vinhos estão nas encostas de xisto e calcário. Um grande arco, que vai de Banyuls, no extremo sul da França, até Nice, próximo à fronteira italiana, abrange os vinhedos mediterrâneos de Languedoc-Roussillon e Provença. Durante um século, esta área produziu vinho em massa – ainda muito de sua produção tem a qualidade do vin de table. Hoje, porém, produtores mais dinâmicos aplicam novas tecnologias às variedades tradicionais e clássicas da uva, para retomar o mais nobre do legado do sudoeste francês, que vai de vinhos generosos e aromáticos, cheirando a pedra ressecada pelo sol, ao aroma de ervas silvestres e águas do Mediterrâneo.
O mel vem com muitos sabores, dependendo da dieta das abelhas, que inclui uma ampla variedade de flores e ervas, como lavanda, flor de laranjeira, alecrim ou tomilho.
Observar um mercado da Provença pode ser uma experiência fantástica. Os balcões mal agüentam as pilhas de alhos rosados, pimentões frescos e coloridos, tomates, berinjelas, abobrinhas e aspargos. Os melões Cavaillon são tão maduros que se partem, exalando um doce perfume.
No outono e no inverno, um cheiro de terra impregna o ar, e os cogumelos silvestres, acelgas suíças, alcachofras, nozes, marmelos, abóboras, ervas-doces e azeitonas pretas enchem as prateleiras. A costa da Provença é famosa pelas sopas de peixe, incluindo a boulabaisse e o bourride, um cozido de peixe com alho. Cordeiro é a carne mais comum na Provença; a melhor vem de Camargue e do Crau, onde os cordeiros pastam ervas e grama de charco salino. Aldeias dos Pirineus de Roussillon produzem deliciosas lingüiças, presuntos e charcuterie. Roussilon supre a França com os primeiros pêssegos, cerejas e damascos da temporada. Suas águas trazem mexilhões, ostras e tellines (mariscos minúsculos). Mais para o sul, a ilha da Córsega tem uma cozinha marcante, com forte influência italiana.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Esta é a nossa sugestão para presentear a mamãe no dia 11 de maio - Dia das Mães.
O vasinho é um delicioso e diferente bolo de maçã. As tulipas são de origami e seu recheio é uma Nhá Benta. Nhá Benta é um bombom de chocolate preto recheado com marsmallow.
Suas encomendas podem ser feitas pelo blog, em comentários. Não deixe de se identificar no blog com seu nome e telefone. Você também pode encomendar pelos telefones:

9977-0167 / 3660-9738 / 3662-1307 - Olga.
Rodrigo e/ou Fernando: 3225-2863 à noite
Rodrigo: 9173-3187
Fernando: 9209-1842

Garanta logo o seu presente!!!!
R$ 25,00

Festival Comida de Buteco

Atenção butequeiros:
Está aberto o Festival Comida de Buteco! Até o dia 11 de maio 41 butecos selecionados em Belo Horizonte estão participando do festival. A saideira será nos dias 17 e 18 de maio, no Largo da Saideira situado à Avenida Cristiano Machado, 3450 - Bairro União.
Maiores informações no site: http://www.comidadibuteco.com.br/
No site você encontra a relação dos butecos, seus tira-gostos, endereços e muito mais.
Aproveitem!!!

terça-feira, 15 de abril de 2008

A gastronomia na França

Roma, privilegiada entre todas as cidades, teve duas civilizações, ambas brilhantes: sua civilização guerreira e sua civilização cristã. Depois do luxo de seus generais e imperadores, teve o de seus cardeais e papas. Por meio do comércio, a Itália recuperava as riquezas que outrora conquistara por meio das armas. Assim como tivera seus gastrônomos pagãos – Lúculo, Hortênsio, Apício, Marco Antônio, Polião -, também teve seus gastrônomos cristãos – Leonardo da Vinci, Tintoretto, Ticiano, Paolo Veronese -, o que fez com que logo deixasse de ser suficientemente grande para conter essa nova civilização, que transbordou para a França.
A França estava muito atrasada, culinariamente falando, à exceção dos vinhos, que, sem terem atingido o grau de perfeição dos nossos dias, eram superiores aos vinhos da velha Roma e da nova Itália.
Felizmente, porém, em meio a essa dispersão dos povos, em meio a essa inundação de bárbaros, os mosteiros haviam permanecido como locais de refugio para as ciências, artes e tradições da cozinha, de pagã que era, fizera-se cristã, sofrendo sua divisão em gorda e magra.
Esse luxo da mesa que encontramos nos quadros de Veronese, particularmente no das Bodas de Cana, chegou à França com Catarina de Médicis, e foi sempre aumentando sob os reinos de Francisco II, Carlos IX e Henrique III.
As toalhas de mesa, já usadas na época de Augusto, tinham desaparecido, não se estendendo sobre nossas mesas sua superfície alva senão por volta do século XII, e ainda exclusivamente nas casas dos príncipes e dos reis.
Os guardanapos só entraram em uso quarenta anos depois sob o reinado seguinte. Os celtas enxugavam os dedos em feixes de feno que lhes serviam de assento. Os espartanos colocavam ao lado de cada comensal um pedaço de miolo de pão destinado ao mesmo uso. Antes dos primeiros guardanapos de linho, usavam-se tecidos de lã que não eram nem novos, nem lavados de véspera.
A colher e o garfo foram pouco a pouco banidos da França até o século XVI, e seu uso só se tornou corrente no século passado.
As facas haviam precedido em muito tempo os garfos, devido à necessidade de despedaçar as carnes que não se conseguia rasgar com os dedos.
Quanto às especiarias, que hoje formam o condimento principal de todos os molhos, começou a se tornar um pouco mais comum na França depois que Cristóvão Colombo descobriu a América e Vasco da Gama a rota do Cabo.
Num país praticamente cercado pelo mar, como a França, o sal foi logo introduzido, e, desde a antiguidade, a condimentação da carne e dos legumes.
A pimenta do reino, ao contrário, só se tornou conhecida depois de cento e cinqüenta ou duzentos anos. O senhor Pierre Poivre, nativo de Lyon, transportou-a da Île de France para a Conchinchina. Antes dessa conquista, era vendida a peso de ouro.
Foi principalmente sob Henrique III que as elegantes delicadezas das mesas florentinas e romanas desabrocharam na França: a toalha de mesa era plissada e frisada como uma tarrafa desde Francisco I. Já sob a terceira dinastia o luxo da prataria superara todos os limites.
No começo do século XVI, sob Luis XII e Francisco I, jantava-se às dez da manhã; às quatro ceava-se; o resto do dia era ocupado por saraus e passeios. No século XVII, jantava-se ao meio dia, ceava-se às sete horas.
Pagens, e às vezes a dona da casa e as filhas, apresentavam aos convidados, bacias de prata que serviam para lavar as mãos; isto feito, tomava-se lugar à mesa e, ao dela sair, lavavam-se novamente as mãos numa sala vizinha. Se o anfitrião fizesse questão de homenagear um conviva em especial, passava-lhe sua própria taça cheia.
Nesse ínterim, o café apareceu na França. Ao observar que as cabras do Iêmen, que comiam bagas de uma planta oriunda daquela região, eram mais espertas, vivas e alegres que as outras, um sacerdote mulçumano torrou as bagas, moeu e delas fez uma infusão, descobrindo o café tal como o tomamos.
Por volta do século XVIII, um sujeito chamado Boulanger estabeleceu em Paris, na Rue des Poulies, o primeiro restaurante. Lia-se a seguinte divisa em sua porta: “Venites omnes, qui stomacho laboratis,et ego restaurabo vos”, isto é, “Venham todos que trabalham com o estômago, e o restaurarei.”
Foi um grande progresso a instalação dos restaurantes em Paris. Antes que fossem criados, os forasteiros eram obrigados a recorrer à cozinha dos albergues, em geral, ruim. Existiam decerto alguns hotéis com mesa para hóspedes, mas com poucas exceções, não ofereciam senão o estrito necessário. Podia-se, com efeito, recorrer aos traiteurs; mas estes só entregavam peças inteiras; e quem quisesse se regalar com um amigo era obrigado a comprar um carneiro, um peru ou um naco de boi.
Finalmente, surgiu um homem de talento que, julgando oportuna uma nova criação, compreendeu que, se um freguês havia se apresentado para comer uma asa de galinha, outro não podia deixar de se apresentar para comer a coxa. A variedade dos pratos, a estabilidade dos preços e o cuidado dedicado ao serviço levaram a voga àqueles que exigiam essas três qualidades em primeiro lugar.
Há mais de três séculos que a França tem na gastronomia uma grande representante de sua cultura. Aqui foram criadas receitas e iguarias da culinária ocidental - do foie gras às trufas - e surgiram as linhas mestras da cozinha ocidental.
A culinária francesa surge junto ao mar ao longo da costa atlântica e revela nas regiões do noroeste um painel de extraordinária riqueza. Encontramos ostras espetaculares, mexilhões, mariscos, lagostins, os populares xereletes, sardinha ou a cavala, robalos, sem falar das saborosas preparações usando peixes dos rios do Vale do Loire.
De Nantes às terras de Orleans, deleitamo-nos com uma culinária particular dedicada aos peixes de rio. Uma riqueza notável encontrada nas terras da Normandia são os cordeiros pré-salés da Bretanha. A manteiga encontra um terreno propício nas regiões do noroeste e do norte do país, embora neste partilhe o lugar nas cozinhas com a banha de porco.
As regiões do norte repartem suas preferências entre a carne bovina e a de porco, embora a criatividade possa ir muito mais além, como acontece com o potjevfleisch de Flandres, preparado com vitela, coelho e toucinho.
A popularidade dos produtos das hortaliças (couve, repolho, couve-flor), acompanhada da paixão pela batata ou pela beterraba, também caracterizam a gastronomia do norte. A região do interior tem muito a dizer. Cozinhas por vezes simples e rústicas, como a da Auvergne e outras vezes barrocas como as de Bourbonnais.
Quando se fala de cozinha francesa, Lyon deve ser sublinhada. Para muitos é a capital gastronômica do país. De qualquer modo, desfruta de uma variedade incomparável: salsichas, salsichões, dobradinha, o frango assado com cardo, as almôndegas de carpas, o fígado de vitela, o frango com trufas. Atrelada ao aroma do alho, às ervas aromáticas, há ainda as gloriosas carnes dos patos cevados das Landas, na costa atlântica.
A cozinha do sul da França se caracteriza por sua singularidade e marcada pela proximidade ibérica. Poderia ser dito, inclusive, que há, em determinadas situações, uma maior influência espanhola que francesa. E por fim a cozinha do país basco francês, possivelmente a mais próxima da Ibéria.
E os queijos? Dizem que os franceses têm um queijo diferente para cada dia do ano. A lista é interminável, embora se mova, preferencialmente, pelos derivados do leite de vaca e, em segundo plano, pelo de cabra. Começando pelos mais populares do mundo, como o camembert, o brie e o gruyere.
O vinho é o grande destaque da gastronomia francesa, o produto que mais bem representa a sua imagem em todo o mundo. Basta recordar os grandes vinhos da região de Bordeaux ou da Borgonha e os grandes espumantes de Champagne.
A França possui os maiores hipermercados da Europa, que vêm substituindo os mercados locais e as lojas de esquina. Estes permanecem nacionalistas nos produtos que oferecem: um balcão pode chegar a ter 100 ou mais tipos de queijos e frios. A variedade de verduras, legumes, ervas e frutas frescas lembra o papel que esses itens ocupam na culinária do país. As feiras oferecem o melhor da produção local.
No entanto, sob a pressão dos tempos modernos, os hábitos têm se modificado. Os franceses costumavam comer bem todos os dias. Atualmente, têm pressa e a maioria das refeições durante a semana consiste em um prato rápido de carne ou massa em casa, ou um lanche na cidade – daí o aumento do fast food que desafia a tradição nacional. Mas as refeições permanecem uma parte importante do laser, não só pela comida e pelo vinho em si, mas também pelo prazer das reuniões sem pressa e uma boa conversa à mesa, com a família ou amigos. Eles reservam sua gastronomia para uma ou duas ocasiões especiais por semana, talvez uma reunião de amigos para jantar ou um grande almoço de domingo em família; ainda um importante ritual.
A refeição francesa tradicional tem pelo menos três pratos. A entrada inclui sopas, pratos a base de ovos, saladas ou frios. Nos pratos principais, há peixe ou carne, em geral com um molho, acompanhados por batatas, arroz ou massas e legumes. O queijo vem antes da sobremesa, que pode ser sorvete, torta ou um doce. O menu a preço fixo é a opção mais barata.
O café da manhã dos franceses oferece uma grande variedade de pães, que se come com manteiga e geléia. Entre eles estão os croissants -pães folhados e amanteigados em forma de meia lua-, a tradicional baguete –o clássico pão fino e comprido que cortado ao meio e com manteiga e geléia torna-se uma tartine-, o pain au chocolat –de forma quadrada e recheado com um tablete de chocolate derretido-, e o brioche –um pãozinho aerado com fermento e enriquecido com ovos. São sempre acompanhados de chá, café e, cada vez mais, servem-se de cereais. O café au lait –café expresso com leite morno-, é o tipo de café mais comum na mesa dos franceses.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Pipoca

Olá pessoal,
Atendendo aos pedidos da minha amiguinha Ana Lúcia e da minha irmã Martinha, vai aí a receita de pipoca doce:
1 medida de milho
1 medida de água
1 medida de açúcar
1/2 medida de óleo
Coloque todos os ingredientes na pipoqueira. Mexa com a panela destampada até que a mistura de água - óleo e açúcar comece a se transformar em calda e o milho comece a estourar. Neste ponto tampe a pipoqueira, continue mexendo até que todo o milho estoure. Fica uma delícia, crocante e docinha. Esta medida, pode ser uma xícara de café - aquela de cafezinho - que tem espaço suficiente na pipoqueira para estourar. Agora, mãos a obra e bom proveito!!!! Beijocas com pipocas ...

domingo, 13 de abril de 2008

Conheça Les Baux de Provence - França

Em Les Baux de Provence fica o Hôtel Oustau de Baumanière onde fiz meu estágio de gastronomia, no período de junho a dezembro de 2006.
No coração do país de Mistral e Giono- famosos escritores franceses -, Les Baux de Provence é uma das mais belas vilas do mundo. A abandonada cidadela ergue-se como extensão natural de um grande planalto rochoso. O castelo em ruínas e casas antigas têm vista para o Vale do Inferno. Com suas estranhas rochas; no passado, segundo a lenda, foi antro de bruxas e gnomos. Na Idade Média, Les Baux abrigou poderosos senhores feudais que se diziam descendentes do rei-mago Baltazar. A glória de Les Baux terminou em 1632. Tornara-se uma fortaleza protestante e Luis XIII ordenou sua destruição.
Neste lugar, há mais de sessenta anos, Raymond Thuilier, diretor de uma companhia de seguros, cai de amores por um prédio abandonado do século XVI que estava à venda. Ele tinha uma paixão, a arte culinária. Durante os fins de semana, ele gostava de preparar saborosas receitas a seus amigos. Este lionês prova da nostalgia da cozinha de sua mãe.
Com o tempo ele começa a gastar mais tempo e energia neste prédio. Como já não era jovem, estava num lugar isolado e com estradas pouco praticáveis, ele resolve transformar o Oustau em sua casa. No Natal de 1945 o Oustau abriu enfim suas portas, novo “relais de campangne” às férias gastronômicas. Raymond Thuilier transforma a paixão de amador em profissão.
Apaixonado pela natureza que o rodeia, o novo chefe pequisa muito o “terroir”. Ele joga com seus aromas, sabores da terra e do mar e sofistica as receitas ancestrais da Provence. Seus produtos deveriam ser perfeitos. Ele colhia as frutas, legumes e ervas do seu quintal. Ele escolhia atentamente as carnes e peixes da região próxima. Ele tinha todo cuidado para servir um prato, para que a emoção chegasse intacta em suas mesas.
O prazer da invenção se juntou por sua vez ao pioneirismo. Alguns meses depois da inauguração por Georges Pompidou, o Oustau de Baumanière torna-se uma passagem quase obrigatória para os turistas da gastronomia.
O Oustau de Baumanière se apóia em uma filosofia exigente: “faça sempre melhor que o anterior”. Mas Raymond Thuilier tinha uma preocupação, ele sabia que deveria transmitir seus conhecimentos, passar o bastão.
Foi então que, em 1967, Jean-André Charial, seu neto, recebeu o pedido para vir encontrá-lo. A conivência entre estes dois homens se manteve mesmo à distância. Após, uma volta pela França dos maiores cozinheiros: os Troisgros em Roanne, Alain Chapel em Mionnay, Haeberlin na Alsace, depois Bocuse e Freddy Girardet em Roanne.
Agora, o Oustau de Baumanière é propriedade de Jean-André e de sua esposa Geneviève.
Para a sutileza de sua cozinha, Jean-André cultiva em sua horta, flores de abóbora, vagens ou ervilhas ultra finas e toda uma gama de ervas aromáticas. Ele possui seu oliveral e suas vinhas, sua outra paixão, onde ele produz um vinho chamado “L’Affecitif”.
Jean-André perpetua com paixão a viagem inicial no jardim de sabores instaurado por seu genial avô. Os dois compartilharam sempre da mesma idéia de gastronomia. A cozinha deve ser permanentemente um convite ao prazer. Minha cozinha - explica Jean-André -, é indissociável de Baux de Provence e deste vale, da luminosidade, da pureza e da vibração do ambiente dos Alpilles.
A filosofia da casa: perfeição e simplicidade. A cozinha segue esta regra em todas as áreas, as quais estão divididas em cozinha quente (entradas, carnes, peixes e frutos do mar, guarnições), pâtisserie e boulangerie.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

A Pipoca

Rubem Alves me encanta. Vejam que espetáculo esta crônica. Espero que gostem, é muito legal.

"A culinária me fascina. De vez em quando eu até me até atrevo a cozinhar. Mas o fato é que sou mais competente com as palavras que com as panelas. Por isso tenho mais escrito sobre comidas que cozinhado. Dedico-mo a algo que poderia ter o nome de ‘culinária literária’. Já escrevi sobre as mais variadas entidades do mundo da cozinha: cebolas, ora-pro-nobis, picadinho de carne com tomate, feijão e arroz, bacalhoada, suflês, sopas, churrascos. Cheguei mesmo a dedicar metade de um livro poético-filosófico a uma meditação sobre o filme A festa de Babette, que é uma celebração da comida como ritual de feitiçaria. Sabedor das minhas limitações e competências, nunca escrevi como ‘chef’. Escrevi como filósofo, poeta, psicanalista e teólogo - porque a culinária estimula todas essas funções do pensamento.
As comidas, para mim, são entidades oníricas. Provocam a minha capacidade de sonhar. Nunca imaginei, entretanto, que chegaria um dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois foi precisamente isso que aconteceu. A pipoca, milho mirrado, grãos redondos e duros, me pareceu uma simples molecagem, brincadeira deliciosa, sem dimensões metafísicas ou psicanalíticas. Entretanto, dias atrás, conversando com uma paciente, ela mencionou a pipoca. E algo inesperado na minha mente aconteceu. Minhas idéias começaram a estourar como pipoca. Percebi, então, a relação metafórica entre a pipoca e o ato de pensar. Um bom pensamento nasce como uma pipoca que estoura, de forma inesperada e imprevisível. A pipoca se revelou a mim, então, como um extraordinário objeto poético. Poético porque, ao pensar nelas, as pipocas, meu pensamento se pôs a dar estouros e pulos como aqueles das pipocas dentro de uma panela.
Lembrei-me do sentido religioso da pipoca. A pipoca tem sentido religioso? Pois tem. Para os cristãos, religiosos, são o pão e o vinho, que simbolizam o corpo e o sangue de Cristo, a mistura de vida e alegria (porque vida, só vida, sem alegria, não é vida...). Pão e vinho devem ser bebidos juntos. Vida e alegria devem existir juntas. Lembrei-me, então, de lição que aprendi com a Mãe Stella, sábia poderosa do Candomblê baiano: que a pipoca é a comida sagrada do Candomblê...
A pipoca é um milho mirrado, sub-desenvolvido. Fosse eu agricultor ignorante, e se no meio dos meus milhos graúdos aparecessem aquelas espigas nanicas, eu ficaria bravo e trataria de me livrar delas. Pois o fato é que, sob o ponto de vista de tamanho, os milhos da pipoca não podem competir com os milhos normais. Não sei como isso aconteceu, mas o fato é que houve alguém que teve a idéia de debulhar as espigas e colocá-las numa panela sobre o fogo, esperando que assim os grãos amolecessem e pudessem ser comidos. Havendo fracassado a experiência com água, tentou a gordura. O que aconteceu, ninguém jamais poderia ter imaginado. Repentinamente os grãos começaram a estourar, saltavam da panela com uma enorme barulheira. Mas o extraordinário era o que acontecia com eles: os grãos duros quebra-dentes se transformavam em flores brancas e macias que até as crianças podiam comer. O estouro das pipocas se transformou, então, de uma simples operação culinária, em uma festa, brincadeira, molecagem, para os risos de todos, especialmente as crianças. É muito divertido ver o estouro das pipocas!
E o que é que isso tem a ver com o Candomblê? É que a transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação porque devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser. O milho da pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro. O milho da pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer, pelo poder do fogo podemos, repentinamente, nos transformar em outra coisa - voltar a ser crianças!
Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo. Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre. Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e dureza assombrosa. Só que elas não percebem. Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder um emprego, ficar pobre. Pode ser fogo de dentro. Pânico, medo, ansiedade, depressão - sofrimentos cujas causas ignoramos. Há sempre o recurso aos remédios. Apagar o fogo. Sem fogo o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação.
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pense que sua hora chegou: vai morrer. De dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: pum! - e ela aparece como uma outra coisa, completamente diferente, que ela mesma nunca havia sonhado. É a lagarta rastejante e feia que surge do casulo como borboleta voante.
Na simbologia cristã o milagre do milho de pipoca está representado pela morte e ressurreição de Cristo: a ressurreição é o estouro do milho de pipoca. É preciso deixar de ser de um jeito para ser de outro. ‘Morre e transforma-te!’ - dizia Goethe.
Em Minas, todo mundo sabe o que é piruá. Falando sobre os piruás com os paulistas descobri que eles ignoram o que seja. Alguns, inclusive, acharam que era gozação minha, que piruá é palavra inexistente. Cheguei a ser forçado a me valer do Aurélio para confirmar o meu conhecimento da língua. Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar. Meu amigo William, extraordinário professor-pesquisador da UNICAMP, especializou-se em milhos, e desvendou cientificamente o assombro do estouro da pipoca. Com certeza ele tem uma explicação científica para os piruás. Mas, no mundo da poesia as explicações científicas não valem. Por exemplo: em Minas ‘piruá’ é o nome que se dá às mulheres que não conseguiram casar. Minha prima, passada dos quarenta, lamentava: ‘Fiquei piruá!’ Mas acho que o poder metafórico dos piruás é muito maior. Piruás são aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. Ignoram o dito de Jesus: ‘Quem preservar a sua vida perdê-la-á’. A sua presunção e o seu medo são a dura casca do milho que não estoura. O destino delas é triste. Vão ficar duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca macia. Não vão dar alegria para ninguém. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo.
Quanto às pipocas que estouraram, são adultos que voltaram a ser crianças e que sabem que a vida é uma grande brincadeira... "
ALVES, Rubem. O amor que acende a lua 3 ed. Campinas: Papirus. P.59.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Casamento na família

Pessoal! Gostaria de contar aos amigos e familiares que a nossa sobrinha Paulinha está prestes a se casar. Ela montou uma página linda na internet, cujo endereço está em meus favoritos - ao lado esquerdo da minha página do blog. É só clicar no endereço paulaandmarc.com. Lá vocês podem deixar sua mensagem para os felizes noivinhos. Será que ela vai gostar? Eu já deixei o meu recadinho. Beijo a todos. A você Paulinha, um caminhão de beijos da tia Olguinha.

Vamos viver?

"A vida não pode ser economizada para amanhã. Acontece sempre no presente. "
Rubem Alves

A influência francesa sobre a gastronomia brasileira

No início do século XIX, França e Inglaterra lutavam pela hegemonia mundial. O governante francês, Napoleão Bonaparte, tinha praticamente toda a Europa sob seu domínio. Decretou então o bloqueio do continente aos seus inimigos, e, a Inglaterra, para quebrar esta barreira, contava com um tradicional aliado, o combalido e decadente Reino de Portugal, cujos portos eram utilizados como base para suas operações navais. Decidido a pôr um ponto final nesse apoio ao inimigo, Napoleão, em novembro de 1807, ocupou Portugal.
O regente português, Dom João, que governava o País em nome de sua mãe, a demente rainha Dona Maria, sabia que não tinha chances de resistir à invasão. Resolveu, então, transferir a capital do Reino para o Rio de Janeiro, para onde fugiu acompanhado por sua corte.
Em 1808, ao chegar à Bahia, o príncipe regente assinou um decreto que abriu os portos brasileiros à “todas as nações amigas”. Na prática, a medida representou a possibilidade de serem comercializados no Brasil produtos até então desconhecidos pela maioria da população local.
O Rio de Janeiro, à época da chegada da corte portuguesa, era uma cidade pequena, de ruas estreitas e residências sem maiores atrativos arquitetônicos. A ausência de hotéis era compensada por casas de pastos, que forneciam refeições, e por tavernas – especializadas na venda de bebidas alcoólicas -, que alugavam quartos, e uma ou outra estalagem onde se podia encontrar cama e comida. Em comum, todos os estabelecimentos possuíam alojamentos em péssimas condições e nenhuma preocupação com a higiene.
Os alimentos disponíveis no mercado também deixavam a desejar. A carne de boi era muito ruim, em razão da longa distância entre os centros produtores e a nova sede do Reino. Transportado a pé, o gado chegava magro e cansado, sendo abatido antes que pudesse se recuperar. A variedade de peixes frescos posta à venda era pequena, embora a localização geográfica da cidade, à beira-mar, reunisse condições para que esse tipo de produto fosse melhor aproveitado. O leite e manteiga, toda importada, eram intragáveis.
Para modificar aquela realidade, além da abertura dos portos, outra medida se impôs: a promulgação de leis que incentivavam a emigração para o Brasil de povos de diversas nacionalidades, o que se deu em grande escala principalmente após a independência do país, em 1822.
Entre os estrangeiros que vieram tentar a sorte no Brasil havia muitos franceses, já que, em 1814, Portugal e França restabeleceram a paz. Vários deles eram padeiros, confeiteiros e cozinheiros, que divulgavam a culinária natal trabalhando nos restaurantes dos bons hotéis que foram sendo inaugurados ao longo do século XIX e também nas residências aristocráticas.
Pouco a pouco, molhos como o bèchamel (molho branco) e a maionese se integraram ao cardápio nacional. O mesmo ocorreu com mousses e omeletes. Atividades profissionais na área da gastronomia adotaram expressões francesas, como chef, maître,sommelier e garçon.
As padarias, raras no início do século XIX, se multiplicaram pelo Rio de Janeiro, oferecendo baguettes, croissants e brioches. O pão francês é uma criação desse tempo, apesar de não se conhecer ao certo sua origem, já que na França ele nunca existiu. Mas não importa. O que o distingue é que conseguiu retirar da mandioca cozida e da broa de milho a preferência da população urbana no café da manhã e nos lanches.
O imigrante francês também foi um dos responsáveis pelo surgimento de confeitarias requintadas, nas quais era possível encontrar croquetes, coxinhas de galinha, rissoles, refrescos de frutas, sobremesas preparadas com creme chantilly, pavês e sorvetes. Os doces brasileiros tradicionais foram relegados ao espaço doméstico, enquanto as vitrines e balcões eram tomados por éclair (bombas) e profiteroles.
Nas residências particulares, novidades como os souflês se tornaram corriqueiras. Do mesmo modo que os pratos gratinados, os patês, as saladas, os queijos, crepes. Nas recepções, garçons trajados como em Paris ofereciam canapés arrumados em bandejas.
Com os franceses, os brasileiros conheceram o refinamento, o prazer de comer fora e descobriram que uma refeição não tem o objetivo único de saciar a fome. Ela é, antes de tudo, uma fonte de prazer e a oportunidade de se intensificar o convívio social.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Pastel de angu

Esta receita é dedicada aos bem mineiros, aqueles bem de raiz e também àqueles que gostam de curtir a nossa tradição culinária. Vale a pena experimentar e matar as saudades de Conceição do Mato Dentro:

PASTEL DE ANGU

3 litros de água fervendo
4 tabletes de caldo de galinha
3 colheres (sopa) de óleo
2 colheres (sopa) de açúcar
1 colher (sopa) de sal
1 colher (sopa) de bicarbonato de sódio
2 kg de fubá de moinho d’água

Ferver a água junto com o caldo de galinha, o óleo, o açúcar, o sal e o bicarbonato. Juntar o fubá pouco a pouco. Sovar bastante com colher de pau e a panela ainda sobre o fogo. Colocar a massa sobre a mesa de pedra. Proteger a mão com pano e plástico e sovar novamente, até a massa ficar lisa. Fazer bolinhas com o angu e abrir na palma da mão protegida com plástico e pano. Rechear com carne moída temperada ou queijo ralado ou frango, enfim, o recheio que sua criatividade mandar. Dobrar em formato de pastel. Selar bem. Fritar em óleo não excessivamente quente.

terça-feira, 8 de abril de 2008

A cozinha dos sentidos

O paladar não nasce pronto: ele se desenvolve. É interessante estar aberto à possibilidade de se expor, aos poucos, a novos sabores – mesmo (e principalmente) àqueles que provocam estranheza num primeiro contato. A cada vez, ele parecerá menos estranho, até que se descubra a emoção de apreciar o alimento em questão.
Além da estimulação do paladar, a elaboração de qualquer prato deve levar em consideração a textura do alimento. As sensações provocadas pelo pastoso e pelo crocante são física e emocionalmente diferentes. A comida molinha remete a aconchego, a colo: o risoto carrega a capacidade de conforto que tem o mingau ou a canja que as mães preparam tradicionalmente para os filhos e que fica impressa em nossa memória pela vida afora. Comidas duras são mais agressivas, mais ativas. Talvez não seja por acaso, por exemplo, que adolescentes – desafiadores por definição – devorem compulsivamente salgadinhos crocantes, barulhentos.
Por fim, é impossível falar sobre comida e memória afetiva sem lembrar a audição e o olfato: o ruído da faca ao cortar o pão, o chiado do azeite na panela e o cheiro de um prato ou de um tempero têm a capacidade de abrir o paladar e torná-lo mais ou menos receptivo àquilo que está por vir; tem, sobretudo, a capacidade de evocar imediatamente lembranças e sensações. O efeito dos sons e dos aromas na preparação culinária é conhecido pela intuição e pela experiência de quem come: não é preciso avançar pelo terreno da psicologia para prová-lo.
Fonte: Alex Atala .

segunda-feira, 7 de abril de 2008

O primeiro livro de culinária do Brasil

O primeiro livro de culinária do Brasil

Cozinheiro Imperial é o nome do primeiro livro de culinária do Brasil que se tem notícia. Com sua primeira publicação em 1840, revela receitas exóticas além do gosto e o comportamento das elites do século XIX.
Recebeu sucessivas edições até o final daquele século, o que indica que foi um sucesso naquela época.
O autor preferiu não se identificar, se oculta atrás de três iniciais: R.C.M. e se intitula um “chefe de cozinha”, talvez para inspirar respeitabilidade à obra. A ausência de um estilo próprio e de instruções pessoais leva a supor que o autor do primeiro livro de culinária brasileiro não tenha sido um cozinheiro. Além disso, falta no livro indicações de produtos locais em suas receitas, como na doçaria onde não há referências aos frutos tropicais.
Recentemente reeditado, continua a atrair atenção dos leitores não apenas pela antiguidade e curiosidades que suas receitas apresentam, mas também pelo mistério que envolve seu autor. É uma compilação ampliada dos dois primeiros livros de receitas portugueses, datados, respectivamente, do final dos séculos XVII e XVIII.
Não se sabe se ou autor elaborou as receitas citadas ou se era um mero curioso e pesquisador de textos antigos, mas é verdade que teve cuidados especiais ao atualizar pesos e medidas, viabilizando a execução das receitas compiladas. Sua 2ª edição foi revisada e acrescentada de anexos e apêndices, sendo estes tão antigos quanto a maioria das receitas apresentadas. Exemplo disso é o anexo intitulado “Método para trinchar e servir bem à mesa”, aparentemente de pouca utilidade numa época em que as aves e as caças já vinham cortados da cozinha.
Em termos de títulos e modo de preparo as receitas são muito parecidas com as de dois livros portugueses como o de Domingos Rodrigues (1680): Arte de cozinha e o de Lucas Rigaud (1780): O cozinheiro moderno ou Nova arte de cozinha. Estes dois autores marcaram a culinária portuguesa com suas receitas e informações técnicas e como famosos cozinheiros da casa real.
A apresentação das receitas no Cozinheiro Imperial seguem uma ordem em que os pratos eram servidos na refeição, começando pelas sopas, depois carnes, aves, peixes e doces. Há também capítulos organizados por tipo de alimentos: pratos de ovos, de leite, de legumes, de massas e molhos, contendo receitas doces e salgadas. Os doces, indispensáveis no último serviço de mesa desde o século XVII, quando o açúcar teve sua entrada triunfal na cozinha, recebem um capítulo especial. Além disto os doces são contemplados nos capítulos por tipo de alimento como por exemplo no capítulo dedicado aos ovos onde encontra-se desde ovos cozidos e omeletes a fios de ovos e outros doces.
O leitor brasileiro do século XIX poderia surpreender-se com a quantidade de receitas contendo produtos pouco comuns no Brasil da época, tais como alcachofras, trufas, peixes desconhecidos, além de inúmeros doces feitos com amêndoas e frutas típicas do hemisfério norte. Quanto aos temperos mais freqüentes, a tradição portuguesa se faz presente até mesmo no termo utilizado para designá-los. Segundo o autor, “os adubos que costumeiramente se usam na cozinha são sal, pimenta do reino, cravo da índia, noz moscada, gengibre, canela, pimenta longa, semente de coentro, erva doce, cominho e semente de funcho”. A combinação de cebola com alho, salsa e cebolinha já reinava na culinária do Cozinheiro Imperial. A variedade de temperos sugere que a culinária do primeiro livro de receitas brasileiro pode ser considerada “moderna”, já que o excesso de especiarias como canela e cravo, não é observada.
O toucinho e a manteiga são as opções de gorduras para refogar, fritar, assar e cozinhar. Na doçaria, a manteiga clarificada, a gordura de vaca derretida e mesmo a de porco formam a liga feita com farinha de trigo e gemas de ovos. Quanto às técnicas culinárias , não aparecem muitas novidades. Estas são mais marcantes entre o final do século XVII e meados do XVIII, como foi observado pela comparação entre os livros de receitas dos dois períodos, nos quais se nota uma maior preocupação com o tempo de cozimento, o controle do fogo e os acabamentos, preservando-se os molhos das carnes e engrossando-os com farelo de pão. A presença da massa folhada é marcante no final do século XVIII e ocasional no século anterior. Também na confeitaria, predominam as técnicas já consagradas da pâtisserie francesa do século XVIII, que aos poucos foram ampliando aquelas da doçaria típica conventual portuguesa do século XVII, quando os doces eram cozidos em tachos e panelas e diretamente levados ao fogo para apurar a massa à base de ovos, gemas e amêndoas. O autor parece adepto de uma doçaria mais sofisticada onde a massa básica é feita com farinha de trigo, gordura e ovos, assada em forno e finalizada com açúcar e pá quente para caramelizar, embora não renegue os famosos doces de ovos portugueses e as compotas de frutas.
Reforçando as instruções dos livros anteriores, estão presentes na obra as preocupações com a higiene na cozinha, a boa qualidade dos produtos e a conservação dos alimentos. Apesar da proposta do Cozinheiro Imperial fosse relatar o que havia de mais abrangente em termos de culinária, os utensílios de sua cozinha não são tão sofisticados, talvez por não atualizar os instrumentos de trabalho que constavam nas receitas originais. Esse fato dificulta uma avaliação das mudanças ocorridas nas cozinhas e utensílios usados no preparo de alimentos entre o final do século XVIII e meados do XIX. Panelas, prensas, pilão, formas, caixas e caixinhas, além de peneiras, funis, alfinetes, facas e colheres, compõem o grosso do equipamento dos cozinheiros. Numa época em que o garfo já era de uso freqüente, verificar a consistência do cozimento com o auxílio de um grande alfinete pode parecer um tanto bizarro, até mesmo para um cozinheiro do século XIX.
O Cozinheiro Imperial mostra ainda uma seleção de cardápios para banquetes com sua seqüência de serviços, todos eles compostos de vários pratos salgados e doces. Há um cardápio especial para a quaresma e ainda um glossário de termos técnicos de cozinha. Uma questão sempre citada nos repertórios culinários antigos como a alimentação dos doentes, também se faz presente nas receitas de caldos para o tratamento de várias moléstias. As receitas internacionais não só dão um toque sofisticado ao livro, indicando trocas culinárias e intercâmbios culturais, como também mostram a sofisticação do cozinheiro e do anfitrião que, ao utilizar “peru assado a italiana”, “pombos turcos”, “rabos de carneiro a prussiana” entre outros.
Para os que apreciam a arte de cozinhar ou que se deliciam com um bom prato, há muito que entreter com o Cozinheiro Imperial. Esta é uma obra que também traz o que pensar. Os tratados antigos foram escritos não só para os cozinheiros, mas também para atender as necessidades de seus senhores, com a intenção de informar como deveriam ser as refeições para que os convidados as apreciassem. Saber receber denotava civilidade por parte do anfitrião. Ou seja, a culinária estava presente na idéia de cortesia. Comer sempre foi um ritual de convivência e havia normas e procedimentos a seguir nesses momentos de cordialidade.
O primeiro livro de culinária brasileiro não atesta uma “culinária brasileira”, nem indica as transformações ocorridas entre as práticas alimentares portuguesas e aquelas que se desenvolveram na América. Mas pode sugerir a falta de apreço das elites brasileiras pela culinária nacional e a necessidade de importação de modelos de comportamento referentes à mesa, ainda em meados do século XIX.
Provavelmente o número de leitores do primeiro livro de culinária brasileiro tenha se ampliado ao longo das sucessivas edições, dando-lhe significados diferentes, a despeito dos desejos de seu autor, o qual, tudo indica, divulgara aquilo que acreditava ser útil à elite brasileira que vivia na Corte ou à sua imagem.


Duas receitas do Cozinheiro Imperial

Massa real

“Leve ao fogo uma caçarola com 1 litro e meio de água temperada com sal, um pouquinho de açúcar, 60 g de manteiga. Deixe ferver por um instante e acrescente farinha de trigo, mexendo com uma colher, até ligar a massa e dar-lhe uma consistência firme; continue trabalhando com a colher, até a massa começar a despregar do fundo da caçarola. Polvilhe com um pouco de casca ralada de limão e junte 4 ovos, um a um. Esta massa deve ficar bem ligada e lisa, servindo para o preparo de sonhos, popelinas e outros pratos diferentes.”

Coelho agachado

“Abra o coelho pela barriga, limpe-o e retire as tripas. Descarte o fel do fígado, limpe-o bem e faça um picado com manteiga, farinha de rosca, 2 gemas, salsa, cebolinha, cogumelos, sal e pimenta do reino. Recheie o coelho com essa mistura e costure-o com agulha e linha. Prenda as patas traseiras sob a barriga e as dianteiras embaixo do focinho, como se o coelho estivesse agachado. Prenda-o nessa posição com palitos e espetinhos, amarre-o com barbante e leve-o para cozinhar numa panela com um pouco de caldo, vinho branco, uma salsa picada, louro, cebola espetada com um cravo, alguns dentes de alho, sal, pimenta do reino e fatias de toucinho. Depois de cozido, passe o molho numa peneira e retire a gordura. Junte um pouco de culi e deixe reduzir. Regue o coelho com esse molho, regando-o com suco de limão ou de laranja azeda.”
Fonte: Leila Mezan Algranti.

sexta-feira, 4 de abril de 2008


Caixa em madeira pintada e trabalhada com falso mosaico que é uma técnica que utiliza cola branca com verniz vitral. Pode-se fazer trabalhos coloridos formando desenhos diversos como no mosaico tradicional ou com uma só cor como na caixa apresentada aqui.
Caixa em madeira pintada e posteriormente trabalhada com decoupage e craquelagem. Découpage é de origem francesa, antigamente era uma técnica que se fazia com figuras antigas em caixinhas de madeira ou em outras bases. Découpage é uma técnica muito interessante e com possibilidades infinitas de figuras ou recortes que você aplica no objeto dando um acabamento maravilhoso e que bem feito encanta. A base normalmente são objetos feitos em lâminas de pinho, papelão, madeira pinus ou MDF, Duratex, tecidos, superfícies metálicas, vidro, velas, etc . As malas produzidas em Duratex ficam lindas quando decoradas com rótulos ou etiquetas antigas. As figuras podem ser recortadas de papéis de várias gramaturas, guardanapos, adesivos e decalques. Os papéis mais utilizados são os importados da Itália e Austrália. Os papéis produzidos no Brasil têm textura diferente dos importados. Os papéis brasileiros apresentam figuras muito bem elaboradas, alguns assinados por artistas de renome. Fonte: http://www.soliarte.com.br/ disponível na internet em 04.04.2008

O papel

O papel é um instrumento valioso nas mãos do artesão. Utilizado em vários setores das artes manuais, ele é também símbolo importante da história da arte. Por isso fizemos uma pesquisa sobre a origem desse artigo tão necessários no dia-a-dia de todos nós.
A história do papel remonta meados do ano 2200 a.C, tempo em que se escrevia no papiro que, muito tempo depois, foi substituído pelo pergaminho, utilizado pelos homens durante toda a Idade Média. Por volta de 105 d.C, teve origem a primeira folha de papel na China, desenvolvida por T'sai Lun.
T'sai Lun criou o papel a partir da polpação de redes de pesca e de trapos. A partir do século XVI, os holandeses elaboraram uma máquina que desmanchava os trapos e transformava-os em fibras vegetais. E foi por volta de 1719 que os homens passaram a confeccionar o artigo à partir da madeira como provedora de fibras para a produção do papel.
BRASIL - A primeira fábrica de papel no Brasil surgiu entre 1809 e 1810 no Andaraí Pequeno - Rio de Janeiro - foi construída por Henrique Nunes Cardoso e Joaquim José da Silva, industriais portugueses transferidos para o Brasil. Deve ter começado a funcionar entre 181O e 1811, e pretendia trabalhar com fibra vegetal.
CURIOSIDADE - As folhas de plantas, na China, eram muito utilizadas como “papel” e assim se explica a origem do termo “folha de papel”. E mais: a palavra “Biblos” vem do grego e significa um conjunto de folhas escritas sobre papiro, vem daí a palavra Bíblia.
Selecionamos quatro técnicas artesanais de produção muito utilizadas por aí. Vamos falar da arte japonesa do Origami e da atividade secular do conhecido Papel Marché. E acompanhando as novas tendências, destacamos as técnicas americanas do Scrapbooking e Quilling. Confiram abaixo:
ORIGAMI – Essa técnica é mais conhecida como a arte de dobradura de papel. A atividade, de origem japonesa, traz em seu nome o seguinte significado: orikami (ori – dobrar) e (kami – papel). O origami tem por base a utilização de uma folha quadrada de papel sem cortes, podendo variar com outras formas de montagem de acordo com o estilo de cada produtor. A arte do origami é bastante recomendada para crianças por estimular o desenvolvimento da psicomotricidade.
PAPEL MARCHÉ – O termo vem do francês: Papier Máché (papel esmagado, picado). A técnica é realizada através de uma massa feita com papel picado em água, coado, acrescido de cola. A partir da produção dessa massa, tem-se a possibilidade de modelar figuras das mais diferentes formas.
SCRAPBOOKING - Técnica americana de decoração de álbuns de fotografia. A atividade é produzida de forma a conservar o papel, as etiquetas, adesivos e fotos utilizadas evitando o envelhecimento precoce dos álbuns.
QUILLING – O termo significa filigrama de papel. O Quilling é a arte de confeccionar tiras de papel especiais que podem ser enroladas, dobradas ou coladas formando figuras dos mais diferentes tipos. O resultado final são destaques em relevo tanto para cartões artesanais como para páginas de Scrapbooking.
Fonte:
http://www.artesanatonarede.com.br – disponível na internet em 04.04.2008
Caixas de madeira pintadas e decoradas com quilling. O Quilling é a arte de confeccionar tiras de papel especiais que podem ser enroladas, dobradas ou coladas formando figuras dos mais diferentes tipos. O resultado final são destaques em relevo tanto para cartões artesanais como para páginas de Scrapbooking, para adornos de porta-retratos, caixas entre outros. Existem evidências de que, em alguns pontos da costa do Mediterrâneo, por volta dos anos de 1500, em casas de religiosos eram executados trabalhos com tiras de papel, com o objetivo de decorar Bíblias e missais. Já no século XVII, o quilling era usado para decorar paredes de casas, principalmente com brasões de família.
A exata origem do quilling não nos é ainda muito clara. Algumas fontes sugerem que o quilling tenha sido praticado pelos antigos Egípcios, que são muito conhecidos pelo seu trabalho decorativo com metais preciosos. Naquela época, o quilling era feito com finos fios de arame ou metais preciosos.
Nos anos 70 o quilling foi redescoberto e atualmente é um grande sucesso no Brasil.
Fontes: http://www.carla.prediger.nom.br/quilling.htm e http://www.artesanatonarede.com.br – disponíveis na internet em 04.04.2008

A doença como caminho

A vida é assim: as vezes nos prega umas peças as quais não somos capazes de entender no momento. Mas depois vemos os acontecimentos por outros ângulos e passamos a perceber que, o que achávamos que seria talvez um castigo, passa a ser um momento de crescimento e de amadurecimento.
Isto tem me acontecido algumas vezes. Situações que nos desesperamos, nos desequilibramos e as usamos como trampolins para situações mais confortáveis e até mesmo agradáveis.
A última que me aconteceu muitos de vocês devem ter acompanhado. Tive uma crise depressiva, fiquei internada um mês para tratamento e ao sair do hospital resolvi que podia fazer coisas diferentes daquelas que já sabia fazer. Foi por aí que comecei a fazer origami, quilling, velas, trabalhos em madeira e papel, pinturas e mais um monte de coisas que não preciso citar aqui. Com este aprendizado estou podendo me redescobrir. Estou de novo colocando as mãos na massa pra valer. Estes trabalhos que estão no blog são alguns dos que fiz no meu período de afastamento do meu trabalho. Ainda continuo em tratamento mas com bom desempenho no trabalho e ainda produzindo artes e gastronomia. Tenho como sempre, recebido muito apoio dos meus filhos Rodrigo e Fernando assim como de toda minha família, Xuruca e alguns amigos novos e antigos. Tem sido uma boa lição. Em momentos de crise aproveitamos para crescer. Isto é muito importante para mim. Tenho estudado muito e lido uma variedade de livros que me fazem uma pessoa melhor. Estou feliz de novo e mais ainda agora que posso me contactar com todos vocês através de meu blog. A partir de agora vou publicar aqui o que tenho feito. Já vou aproveitar para divulgar que em breve estaremos pegando as encomendas para o dia das mães. Assim que tiver amostras dos produtos para este dia colocarei as fotos com as especificações no blog. Agora estou falando no plural porque não fui eu sozinha que vendi os produtos para a páscoa. Meus filhos, Xuruca e alguns amigos participaram ativamente deste evento, o que me tirou um pouco do sufoco. Aproveito para agradecer a todos os que participaram conosco na compra e divulgação dos produtos de páscoa e contamos novamente com vocês para o dia das mães. Vou colocar algumas fotos das caixas de trufas que foram feitas no lugar do nosso velho amigo ovo de páscoa. O nosso negócio é fazer algo diferente, o que nos deixa muito felizes e penso que agrada aos seus presenteados também.
Beijo e obrigada sempre. Olga.

quinta-feira, 3 de abril de 2008



Sobremesa a base de figo fresco servida com uma bola de sorvete.





Mini tulipas de origami com miolinho de chocolate. O miolo pode ser feito com balas de goma, bombons, trufas entre outros. É uma bela lembrança para festas diversas.



Porta retrato em madeira, detonado, ornado com cascas de árvores, fios de corda, musgos secos, com cobertura de vidro. Apoia-se sozinho sobre móvel. Muito discreto e diferente.

Este porta retrato em forma de estrela é um adorno muito diferente para sua decoração. É feito com várias camadas de papel que podem ser escolhidas de acordo com o gosto pessoal.



Vela em forma de aquário, feita com parafina gel. É uma vela mais durável que a de parafina comum e dá mais opções de trabalho. Pode ser feita também com aromas diversos.